Fnac vende operações no Brasil para Livraria Cultura
A rede de livrarias Fnac anunciou nesta quarta-feira (19) que fechou um acordo para vender suas operações no Brasil para a rival Livraria Cultura. O valor do negócio não foi divulgado. Somando as duas empresas, a nova rede contará com 30 lojas no país.
A Fnac Darty, grupo francês que controla a rede no Brasil, disse que licenciará a marca Fnac para a nova empresa --ou seja, vai manter o mesmo nome-- e vai realizar uma recapitalização para ajudar a companhia a melhorar sua posição de mercado.
O grupo francês, porém, não revelou o tamanho da recapitalização, nem forneceu outros detalhes sobre o acordo com a Livraria Cultura. A conclusão da venda deve ocorrer nas próximas semanas.
Procuradas no Brasil pela agência de notícias Reuters, ambas as empresas não se manifestaram sobre o assunto de imediato. A conclusão da venda deve ocorrer nas próximas semanas.
A operação brasileira da Fnac inclui 12 lojas em sete Estados do país e atividades de comércio eletrônico. A companhia opera no Brasil desde 1999, empregando atualmente cerca de 550 funcionários. Segundo o grupo francês, as operações no Brasil são responsáveis por menos 2% das vendas anuais do grupo de 7,4 bilhões de euros.
Já a Livraria Cultura foi fundada há cerca de 70 anos e possui atualmente 18 lojas e operação de comércio eletrônico. O faturamento em 2016 foi de R$ 380 milhões.
"A união entre os dois grupos criará valores e sinergias, compartilhando culturas similares...e permitirá que a Livraria Cultura diversifique seus negócios adicionando novas linhas dos produtos e serviços", afirmou a companhia em comunicado à imprensa.
Dificuldades financeiras
No final de fevereiro, o grupo francês chegou a anunciar que estava à procura de parceiros no Brasil para manter a marca Fnac no país. Caso contrário, a empresa poderia sair do mercado brasileiro devido a dificuldades financeiras.
À época, a Fnac Darty disse que estava focada em sua nova estratégia de integração, com o objetivo de se "transformar em um relevante player no continente europeu". Com isso, a operação brasileira precisaria "ter um tamanho crítico no sentido de ser relevante e reforçar sua posição de mercado".
(Com Reuters e AFP)
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