Ministério interdita 4 empresas de alimentos após operação da PF no TO
O Ministério da Agricultura interditou quatro unidades de empresas investigadas em operação da Polícia Federalque apura corrupção envolvendo fiscais em frigoríficos e laticínios em Tocantins, de acordo com nota divulgada nesta quarta-feira (30).
Segundo ministério, os quatro estabelecimentos investigados na operação: Minerva, LKJ, Boi Brasil e Gelnex Indústria e Comércio, serão interditados e irão passar por auditorias com o objetivo de garantir a qualidade dos produtos. Além da interdição, as quatro unidades tiveram as exportações suspensas.
O ministério informou que servidores suspeitos de irregularidades serão afastados e passarão por processo administrativo disciplinar. Já os servidores conveniados de governo estadual ou municipal, serão substituídos, segundo o comunicado.
O ministério afirmou, ainda, que, desde março, quando o setor foi impactado pela Operação Carne Fraca, o ministério ampliou o controle sanitário em todo o país realizando um processo rigoroso de inspeção nas mais de 600 plantas autorizadas a realização de abates.
"Nesse período, houve trocas de comando e fiscalização mais ampla em todas as áreas de produção. Além disso, o ministério está ampliando seu quadro de profissionais da área com novas contratações", acrescentou a nota.
A Minerva, um dos maiores frigoríficos do país, não tinha um comentário imediato sobre a interdição. Mais cedo, ao comentar a operação da PF, a empresa disse, em nota, que "não há indiciamento ou denúncia contra a companhia ou seus executivos e membros do Conselho de Administração".
"A Minerva reafirma o seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e zela pelo cumprimento da legislação e do seu manual de ética", acrescentou.
Não foi possível falar imediatamente com as outras empresas que tiveram unidades interditadas.
Operação da PF
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira 11 mandados de prisão em três Estados como parte de investigações sobre um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, frigoríficos e laticínios em Tocantins.
Além dos 11 mandados de prisão, os agentes federais também cumpriram 12 mandados de condução coercitiva e 28 de busca e apreensão nos municípios tocantinenses de Araguaína, Gurupi, Palmas e Paraíso do Tocantins, além dos Estados de Maranhão e Minas Gerais.
"Esta fase é desdobramento da Operação Lucas que começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas", informou a PF em comunicado.
(Com Reuters)
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