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Chuvas trazem alívio, e conta de luz terá taxa extra menor em dezembro

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/11/2017 17h31

As chuvas no mês de novembro trouxeram um alívio para o bolso dos brasileiros. A conta de luz de dezembro virá com a bandeira vermelha nível 1 (também chamada de bandeira rosa), o que representa uma cobrança extra de R$ 3 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.

A taxa extra é menor do que a em vigor em novembro, de R$ 5 a cada 100 kWh (bandeira vermelha nível 2). A definição da bandeira tarifária para o mês que vem foi divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta segunda-feira (27).

Segundo a Aneel, uma "pequena evolução na situação dos reservatórios das hidrelétricas" possibilitou a redução no valor da taxa extra aos consumidores.

As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015 e servem para cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das usinas termelétricas, quando a falta de chuvas prejudica os reservatórios das hidrelétricas pelo país.

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Pouca chuva, conta mais cara

Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.

Foi criado, então, o sistema de bandeiras tarifárias, uma cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.

Em 2016, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.

Este ano, porém, as chuvas diminuíram e governo voltou a acionar a bandeira tarifária vermelha na conta de luz dos brasileiros.

Por isso, a bandeira foi sendo alterada ao longo do tempo:

A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.

Nova metodologia e valores

Em outubro, a Aneel decidiu mudar a metodologia das bandeiras tarifárias. A principal alteração foi em relação aos valores, que passaram a valer a partir de novembro.

A taxa extra da bandeira vermelha nível 2 subiu de R$ 3,50 para R$ 5 a cada 100 kWh consumidos e a bandeira amarela caiu de R$ 2 para R$ 1 a cada 100 kWh. A bandeira vermelha nível 1 permaneceu com cobrança extra de R$ 3.

Além dos novos valores, a agência alterou as regras que ditam qual bandeira será adotada em cada mês. Até então, a definição era feita com base na previsão do custo da termelétrica mais cara acionada para atender à demanda.

Com as novas regras, passa a ser avaliado também o nível de produção das hidrelétricas --com mais chances de acionamento das bandeiras se houver o chamado deficit hídrico (conhecido pelo jargão "GSF"), quando as usinas hidrelétricas geram abaixo de suas garantias, que é o montante de energia que elas podem vender no mercado.

(Com Reuters e Agência Brasil)

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