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Bancários paralisam agências do Santander contra mudanças após reforma

Bancários paralisam atividades em agência do Santander em São Paulo nesta quarta - Henrique Barreto/Futura Press/Estadão Conteúdo
Bancários paralisam atividades em agência do Santander em São Paulo nesta quarta Imagem: Henrique Barreto/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/12/2017 12h18

Parte dos funcionários do banco Santander estão paralisados nesta quarta-feira (20), contra mudanças praticadas pela empresa após a reforma trabalhista, segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

A entidade não divulgou balanço de todas as agências afetadas ou funcionários paralisados. 

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Em São Paulo, segundo estimativa do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, a paralisação atinge quatro centros administrativos do banco, incluindo a sede, e mais 150 agências. 

No Rio, a paralisação atinge as agências do Centro e algumas da Lapa, segundo o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

No Recife e região metropolitana, 35 agências devem ter atividades suspensas até às 16h, segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Em nota, o banco disse que "uma manifestação sindical realizada esta manhã, tendo como pauta a reforma trabalhista, impediu a abertura de algumas agências e áreas administrativas do banco" e que "a situação está sendo normalizada”.

Banco de horas e divisão de férias

De acordo com a a Contraf-CUT, após a mudança nas leis, o banco estaria forçando funcionários a assinar um acordo de banco de horas "sem consultar nem negociar com os trabalhadores ou seus representantes sindicais". Assim, em vez de receber horas extras, os empregados teriam de compensar os períodos trabalhados além do horário normal em até seis meses.

Antes da reforma, o banco de horas só era permitido se estivesse estabelecido em convenção ou acordo coletivo, firmado entre o sindicato e os patrões.

Os trabalhadores também afirmam que estão sendo forçados a aceitar a divisão das férias. A nova lei liberou o parcelamento do período de descanso em até três períodos, "desde que haja concordância do empregado", segundo o texto.

Mudança no dia do pagamento 

Outro motivo apontado pela entidade de trabalhadores para a paralisação é a mudança do dia de pagamento, do dia 20 para o 30, e o mês do 13º salário, que era pago em março e novembro, passando para maio e dezembro, "também sem nenhuma negociação".

A Contraf-CUT afirma ainda que as manifestações são contra o "aumentos abusivos do plano de saúde" e o "grande número de demissões". Teriam sido  200 nos últimos dias, segundo a entidade.

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