Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Juros do cartão caem a 333,8% ao ano, mas sobem para quem pagou parcelado

Do UOL, em São Paulo

22/12/2017 11h10

Os juros do rotativo do cartão de crédito tiveram uma forte queda em novembro, em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado. Na comparação com outubro, os juros também caíram.

Em média, os juros do rotativo caíram de 494,8% para 333,8% ao ano na comparação anual. Em outubro, a taxa estava em 338% ao ano. 

Para quem pagou o cartão na modalidade parcelada, porém, os juros foram de 168,5% ao ano em novembro, alta em relação a outubro (167%) e também em relação ao mesmo mês do ano passado (155,4%).

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Banco Central.

Rotativo do cartão de crédito

  • Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 218,3% ao ano
  • queda de 2,8 pontos na comparação com outubro (221,1%);
  • queda de 231,4 pontos em relação a novembro de 2016 (449,7%).
     
  • Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 410,4% ao ano
  • queda de 3,2 pontos na comparação com outubro (413,6%);
  • queda de 129,6 pontos em relação a novembro de 2016 (540%).
     
  • Média (considera as duas opções acima): 333,8% ao ano
  • queda de 4,2 pontos na comparação com outubro (338%);
  • queda de 161 pontos em relação a novembro de 2016 (494,8%).
     
  • Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 168,5% ao ano
  • alta de 1,5 ponto na comparação com outubro (167%);
  • alta de 13,1 pontos em relação a novembro de 2016 (155,4%).

Novas regras do cartão 

Desde 3 de abril, o consumidor só pode usar o rotativo do cartão por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.

Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve.

Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Confira a variação das modalidades de crédito:

  • Rotativo do cartão de crédito: de 338% ao ano em outubro para 333,8% ao ano em novembro;
  • Cartão de crédito parcelado: de 167% ao ano em outubro para 168,5% ao ano em novembro;
  • Cheque especial: se manteve em 323,7% ao ano de outubro para novembro;
  • Crédito pessoal não-consignado: de 132,1% ao ano em outubro para 126% ao ano em novembro;
  • Crédito pessoal consignado: de 26,6% ao ano em outubro para 26,1% ao ano em novembro;
  • Compra de veículos: de 22,5% ao ano em outubro para 22,1% ao ano em novembro;
  • Financiamento imobiliário: de 8,6% ao ano em outubro para 7,9% ao ano em novembro.

Taxa básica de juros

No início do mês, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 7,5% para 7% ao ano.

Esse foi o 10º corte seguido da Selic, que vem caindo desde outubro do ano passado, o que deixou a taxa de juros no menor nível da história.

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.