Após lucro em 2016, Eletrobras perde R$ 1,726 bilhão no ano passado
Alvo de um plano de privatização, a Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 1,726 bilhão em 2017, após lucrar R$ 3,513 bilhões em 2016, informou a estatal nesta terça-feira (27).
A maior empresa de energia da América Latina, que controla subsidiárias de geração e transmissão de energia, como Furnas e Chesf, e empresas de distribuição no Norte e Nordeste, disse que o resultado foi impacto por provisões operacionais (reservas) totais de R$ 6,238 bilhões.
- Conta de luz deve cair ou subir com a privatização da Eletrobras?
- Privatização combate a corrupção ou empobrece o país? Prós e contras
- Eletrobras, Casa da Moeda, aeroporto: 75 privatizações previstas para 2018
Considerando apenas o quarto trimestre, a Eletrobras perdeu R$ 3,998 bilhões.
Privatização
A venda da Eletrobras, que responde por mais da metade da energia produzida no Brasil, é uma das principais ações propostas pelo governo do presidente Michel Temer no seu plano de privatizações para 2018. A medida, porém, enfrenta resistência de parlamentares.
A proposta prevê transformar a empresa em uma corporação sem controlador definido por meio de uma oferta de ações que diluiria a fatia da União na companhia.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a participação máxima de investidores na empresa será de 10% e que o "Brasil não vai permitir que ninguém seja dono da Eletrobras".
A comissão que vai analisar o processo na Câmara dos Deputados já foi instalada, e a previsão é que a privatização seja votada pelos seus membros até o final de abril.
Medida de 2012 gerou perdas bilionárias
O desempenho da estatal no ano passado mostra que 2016 foi apenas um breve intervalo de respiro espremido entre perdas.
Em 2016, a empresa registrou lucro após acumular mais de R$ 30 bilhões em perdas desde 2012, principalmente devido aos impactos de um pacote de medidas do governo da ex-presidente Dilma Rousseff para reduzir as contas de luz. A medida provocou pesados impactos sobre as contas da Eletrobras.
As baixas contábeis chegaram a R$ 4,2 bilhões em 2016 com a paralisação das obras da usina nuclear de Angra 3, além de outras reservas para perdas em investimentos e por descobertas de custos com corrupção apuradas após investigações internas deflagradas pela operação Lava Jato.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.