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Lucro de empresas estatais salta 214% em 2017, a R$ 28,36 bi, diz governo

Do UOL, em São Paulo

28/03/2018 18h32

Os conglomerados de empresas estatais federais fecharam 2017 com lucro de R$ 28,36 bilhões, um salto de 214,1% em relação ao ano anterior (R$ 9,03 bilhões), de acordo com boletim divulgado pelo Ministério do Planejamento nesta quarta-feira (28). Em 2015, o resultado havia sido prejuízo de R$ 32 bilhões.

Esses conglomerados são formados por Banco do Brasil, BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Petrobras. Juntas, essas empresas representam mais de 95% dos ativos totais e do patrimônio líquido das 146 estatais federais, segundo o documento.

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O maior crescimento foi o do grupo Petrobras (incluindo empresas como a BR Distribuidora, Transpetro e Liquigás), que reverteu um prejuízo de R$ 13 bilhões em 2016 para lucro líquido de R$ 377 milhões em 2017, diz o documento.

Em relação ao valor de mercado, ao melhor resultado foi do Banco do Brasil. A empresa terminou 2017 valendo R$ 91,2 bilhões, contra R$ 80,5 bilhões em 2016 (alta de 13,3%). Na outra ponta, o valor de mercado da Eletrobras caiu de R$ 31,67 bilhões em 2016 para R$ 27,05 bilhões no ano passado (-14,6%).

Redução do pessoal

O boletim também traz os números referentes à redução do quadro de pessoal das estatais. As empresas encerraram 2017 com um total de 504.444 empregados, 28 mil a menos quem em 2016. Grande parte desta redução veio dos programas de demissão voluntária (PDVs), responsáveis pelo desligamento de 90,2% (25.933) do total.

De acordo com o documento, as empresas com as maiores reduções de pessoal em 2017 foram:

  • Correios: 7.488 empregados
  • Caixa Econômica Federal: 7.324 empregados
  • Petrobras: 4.060 empregados
  • Banco do Brasil: 3.198 empregados

Investimento em queda

As empresas estatais investiram R$ 50,9 bilhões no ano passado, uma queda de 10,6% na comparação com 2016. Com isso, foram gastos apenas 59% do total autorizado, que era R$ 85,4 bilhões no ano.

"Foi uma execução baixa", admitiu o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Soares.

Se comparado ao período entre 2012 e 2014, quando os volumes investidos ficaram próximos dos R$ 100 bilhões ao ano, a queda fica mais evidente. "A execução era elevada, mas isso levou a um nível elevado de alavancagem (endividamento), sobretudo Eletrobras e Petrobras", disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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