Eduardo Guardia será novo ministro da Fazenda, diz Meirelles
O secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, será o novo ministro da Fazenda, indicou nesta sexta-feira (6) Henrique Meirelles, que está de saída do comando da pasta.
Meirelles afirmou que o presidente Michel Temer lhe garantiu que Guardia "irá contar com o mesmo apoio" que ele recebeu. Também disse que tomou sua decisão de deixar a Fazenda nesta sexta-feira e que vai analisar a possibilidade de ser candidato a presidente.
"Não pretendo ser candidato a vice-presidente e não há menor possibilidade de ser candidato a senador ou governador", afirmou ele a jornalistas.
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Com a decisão, informada na véspera pela agência Reuters, Meirelles agora enfrenta a difícil tarefa de reunir apoio político dentro do MDB para consolidar sua candidatura.
Isso porque, além de Temer deixar claro que também deseja se candidatar, Meirelles ainda precisa conquistar espaço dentro da legenda. Não são poucos caciques do MDB que torcem o nariz para Meirelles e preferem outro nome, mesmo em coligação com outro partido.
Em coletiva de imprensa, Meirelles reconheceu que tem hoje baixa intenção de voto, mas defendeu que mais importante que isso, no momento, são as pesquisas qualitativas que apontam para a receptividade ao seu nome.
Desafios
Para a agenda econômica do futuro, Meirelles destacou como desafios a aprovação da reforma da Previdência, da privatização da Eletrobras e a modernização tributária.
A posse de Guardia na Fazenda deverá ser na próxima terça-feira, disse Meirelles, completando que até lá serão definidos outros cargos na pasta, como o do novo secretário-executivo, cargo ocupado por Guardia de junho de 2016 até agora.
Avesso a holofotes
Rigoroso nas negociações e com visão bastante técnica, Eduardo Guardia é diferente do seu antigo chefe Henrique Meirelles quando o assunto é "holofote", sobretudo com a imprensa.
Guardia, que ocupou a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda desde junho de 2016, é sério, quieto e formal, tendo poucas vezes dado entrevistas. Prefere ficar nos bastidores, onde inclusive praticamente tocou a pasta que agora assume formalmente, sobretudo após Meirelles começar a trabalhar para viabilizar sua eventual candidatura à Presidência.
(Com Reuters)
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