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Setor de serviços encolhe 0,2% em março e 0,8% em um ano, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo

15/05/2018 09h11

O setor de serviços brasileiro encolheu 0,2% em março, na comparação com fevereiro, e 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (15). 

Analistas consultados pela agência de notícias Reuters previam queda de 0,5% na comparação mensal e de 1,5% na anual.

Com esses resultados, a taxa acumulada em 12 meses ficou em -2%. 

O setor de serviços inclui, por exemplo, salões de beleza, imobiliárias, oficinas mecânicas, escritórios de advocacia, agências de turismo, companhias aéreas e hotéis, entre outros.

Fraco desempenho da economia

O fraco desempenho do setor de serviços acompanha o comportamento da economia como um todo. Indústria e o varejo também vêm apresentando resultados negativos diante do desemprego ainda elevado e da baixa confiança de empresários e investidores no país.

"Houve clara desaceleração do quarto para o primeiro trimestre em razão de segmentos como serviços prestados às famílias, serviços de informação e serviços profissionais. No caso dos serviços prestados às famílias, há um efeito de uma demanda menor por conta do mercado de trabalho e o serviço mais prejudicado é restaurantes"
Rodrigo Lobo, gerente do IBGE 

Em março, o desempenho da atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares exerceu o maior peso, com recuo de 1,8% sobre fevereiro. Também encolheram os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%) e outros serviços (-0,4%).

Serviços de informação e comunicação e serviços prestados às famílias foram as atividades que cresceram, 2,3% e 2,1%, respectivamente.

As atividades turísticas mostraram avanço de 2% em relação a fevereiro.

Apesar da inflação e dos juros permanecerem em patamares baixos, o consumo permanece contido diante de incertezas tanto econômicas quanto políticas, o que vem afetando a confiança de forma generalizada no país. 

"A menor dinâmica da economia não deixa os serviços engrenarem recuperação. Se por um lado a queda dos juros ajuda no consumo, por outro afeta a receita dos serviços financeiros. O segmento tem ameaças de crescimento, mas fica só na ameaça", completou Lobo.

(Com Reuters)

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