Fintechs precisam de investimentos para competir com bancos, diz Moody's
O número de fintechs no Brasil saltou 648% nos últimos três anos: passou de 54 para 404, segundo relatório da agência de classificação de risco Moody's. O documento, entretanto, alerta que o crescimento e a sobrevivência dessas startups de finanças correm risco se elas não receberem dinheiro de investidores.
A Moody's afirma que, mesmo inovadoras, essas fintechs são pequenas e não lucrativas, o que exige a entrada constante de recursos para tirar os projetos do papel.
A instabilidade política e econômica, combinada com modelos de negócios desconhecidos do público, tem deixado os investidores preocupados e, com isso, há menos investimentos nas fintechs brasileiras, segundo a Moody's.
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Bancos tradicionais investem mais em inovação
Por outro lado, os grandes bancos têm aumentado os gastos com serviços digitais próprios para competir com as fintechs, declara a Moody's.
"As transações bancárias online cresceram rapidamente nos últimos anos e agora totalizam 57% de todas as transações dos bancos no Brasil", afirmou Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da agência de classificação de risco.
O relatório afirma, ainda, que a inovação estimula a concorrência, mas, como os negócios no setor bancário dependem de recursos e do constante relacionamento com clientes, os bancos tradicionais acabam levando vantagem.
"(...) as coisas não serão fáceis para bancos menores e com orçamentos reduzidos. Por conta da limitação de recursos disponíveis, será mais difícil para estes bancos inovar e permanecer competitivos no curto prazo", informa o relatório
BC tem estimulado concorrência
Apesar dos problemas apontados, a agência afirma que o Banco Central (BC) tem estimulado a competição e a concorrência no setor bancário, com regulações menos burocráticas para fintechs que estão entrando no mercado de crédito.
"A regulação suporta a inovação ao mesmo tempo em que permite ao BC manter a supervisão de tecnologias emergentes", informa o documento.
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