Santander, FMI, Vale, setor educacional: onde atuou a nova equipe econômica
O novo ministro da Economia, Paulo Guedes, recrutou no setor privado boa parte dos nomes que compõem a nova equipe econômica. O próprio Guedes vem do mercado financeiro e também já atuou no setor educacional.
Nas secretarias e estatais, há também servidores públicos de carreira e que participaram de outros governos nas esferas federal, estadual e municipal.
Veja abaixo as empresas e os setores em que atuaram os nomes dos principais postos da nova equipe.
Paulo Guedes, ministro da Economia
Guedes fez carreira no mercado financeiro. É um dos fundadores da corretora Pactual, que mais tarde se transformou em um banco, hoje BTG Pactual. Deixou a instituição financeira para abrir a BR Investimentos e após, uma fusão, passou a ser CEO da Bozano Investimentos. Também atuou no setor educacional e foi executivo do Ibmec.
Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia
Fez carreira no setor público. É servidor de carreira do Tesouro Nacional e foi subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil no governo Temer. Guaranys também foi diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no governo Dilma Rousseff.
Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial de Fazenda
É servidor público de carreira. Foi coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Rodrigues Júnior é servidor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e consultor de política econômica do Senado.
Paulo Uebel, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital
Acumula experiências no setor privado e no setor público. É advogado, especialista em direito tributário, financeiro e econômico. Também se especializou em liderança global para a competitividade.
Foi CEO do Lide e secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo. Também militou em associações de classe. Foi diretor da Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio Grande do Sul, presidente do Instituto de Estudos Empresariais, conselheiro da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.
Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade
Carlos da Costa tem experiência no setor público e no setor privado. Trabalhou no mercado financeiro e no setor de educação. Foi diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do BNDES, presidente do Instituto de Performance e Liderança, executivo do banco JP Morgan e sócio-diretor do Ibmec Educacional em São Paulo.
Marcos Cintra, secretário especial de Receita
Marcos Cintra é político, professor e acumula experiência em diversos cargos públicos. É professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e foi vice-presidente da instituição. Também foi vereador da cidade São Paulo e deputado federal pelo estado.
Foi secretário do Planejamento, Privatização e Parceria do município de São Paulo, secretário municipal das Finanças de São Bernardo do Campo (SP), secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Trabalho da cidade de São Paulo e subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado de São Paulo. Também foi presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Rogério Marinho, secretário especial de Previdência
Marinho é político, com experiência no setor público. Foi o deputado federal que relatou, na Câmara dos Deputados, a reforma trabalhista, aprovada em 2017. Ele se candidatou à reeleição em 2018, mas não se elegeu. Foi secretário de Planejamento da Prefeitura de Natal (RN), vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade, além de secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte.
Salim Mattar, secretário especial de Desestatização e Desmobilização
Tem experiência no setor privado, sobretudo no setor automotivo. É fundador e presidente do conselho da Localiza, empresa de locação de veículos, e membro do Instituto Millenium, fundado por Guedes para promover o liberalismo econômico.
Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais
Especialista em relações internacionais, acumula experiência no setor público e no setor privado. Foi professor e diplomata. É integrante do conselho consultivo do Fórum Econômico Mundial e diretor do laboratório dos Brics na Universidade Columbia.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Campos Neto fez carreira no mercado financeiro. Iniciou a trajetória profissional no Banco Bozano Simonsen. Também trabalhou na Claritas, gestora independente de recursos e no Santander.
Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura
Fez carreira no setor público. Assim como Bolsonaro, estudou na Academia Militar das Agulhas Negras. Foi diretor-executivo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) durante o governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2015, e é consultor legislativo na Câmara dos Deputados.
Bento Albuquerque Júnior, ministro de Minas e Energia
É militar. Ingressou na Marinha em 1973 e foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico. No exterior, atuou como observador militar das forças de paz das Nações Unidas em Sarajevo, na Bósnia-Herzegóvina.
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras
Castello Branco acumula experiência no setor público e no setor privado. Foi executivo da mineradora Vale por 15 anos e fez parte do conselho da administração da Petrobras entre 2015 e 2016, indicado pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Joaquim Levy, presidente do BNDES
Tem experiência no setor público e no setor privado. Trabalhou no FMI (Fundo Monetário Internacional) e teve passagem pelos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.
Em janeiro de 2003, foi nomeado secretário do Tesouro Nacional no primeiro Governo Lula. Em 2006 assumiu a vice-presidência de Finanças e Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Foi secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro. Entre 2010 e o final de 2014, foi estrategista-chefe e diretor responsável pela gestora de ativos do banco Bradesco, a BRAM. Deixou o posto para ser ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff. Quando deixou o cargo, assumiu uma diretoria do Banco Mundial.
Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil
Tem experiência no setor privado e no setor público. Também foi professor da FGV, diretor do BNDES e presidente do Sebrae. É também colaborador do Instituto Liberal-RJ e do Instituto Milleniun.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal
Especialista em privatizações, tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem por diversas instituições, como os bancos Bozano Simonsen, BTG Pactual e Brasil Plural.
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