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Guedes diz que salário mínimo só terá alta real se reformas forem aprovadas

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

14/05/2019 15h47

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o salário mínimo só poderá ter aumento real, acima da inflação, se forem aprovadas reformas fiscais, como a da Previdência. O ministro participa hoje de audiência pública na Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional, com deputados e senadores.

Quando um valor é corrigido apenas pela inflação, quer dizer que ele apenas manteve o mesmo nível de antes, considerando a alta do custo de vida.

Guedes destacou o impacto fiscal do aumento do salário mínimo nas contas públicas. Segundo ele, cada R$ 1 de reajuste concedido tem impacto de R$ 300 milhões.

Temos até 31 de dezembro para criar uma trajetória [para o reajuste do salário mínimo]. Se for criado algum espaço fiscal, isso pode ser usado lá na frente. Se não for feita [nenhuma reforma], o período de austeridade será mais longo
Paulo Guedes, ministro da Economia

Para Guedes, o salário mínimo hoje é baixo para quem recebe, caro para quem paga e desastroso para as finanças públicas.

Sem aumento real em 2020

Hoje o salário mínimo está em R$ 998. A fórmula de cálculo do reajuste foi fixada por lei a partir de 2007. Até 2019, essa revisão levava em conta o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo INPC.

Para o ano que vem, o presidente Jair Bolsonaro estabeleceu que o valor do salário mínimo será de R$ 1.040, o que significa que não haverá aumento real.

Mourão critica reajuste do salário mínimo acima da inflação

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