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Votação da Previdência pode ficar para julho, diz presidente de comissão

O deputado federal e presidente da comissão especial da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM) -  Kleyton Amorim/UOL
O deputado federal e presidente da comissão especial da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM) Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

11/06/2019 08h53Atualizada em 11/06/2019 11h36

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou hoje que a leitura do relatório sobre a proposta de alterações no sistema de aposentadorias será feita na quinta-feira (13) no colegiado. Segundo ele, o prazo de vista coletiva do texto será de duas sessões, na segunda (17) e na terça-feira (18).

Ramos afirmou que, se houver quórum, iniciará o debate para a votação ainda na quarta-feira (19), véspera do feriado de Corpus Christi. Apesar disso, o presidente da comissão especial declarou que a tendência é de que o texto seja votado apenas na primeira semana de julho.

"Na reforma do [ex-presidente Michel] Temer, foram 98 deputados inscritos para o debate. Cada deputado terá 10 minutos par votar. Para reduzir o tempo de discurso dos parlamentares é necessário um acordo e a oposição não pode estar em obstrução", disse.

Ramos disse que terá uma reunião com a oposição na tarde de hoje. Segundo ele, tentar barrar a votação da reforma da Previdência tira o foco do tema principal dos oposicionistas, que é o ministro Sergio Moro.

"Hoje à tarde eu tenho uma reunião na minoria com a oposição e vou tentar sensibilizá-los do esforço de blindar a pauta econômica. Eu acho que taticamente a oposição, ao obstruir a reforma da Previdência, vai perder o foco do tema principal que é a questão desses fatos envolvendo o ministro Sergio Moro", disse.

Estados e municípios devem ficar na reforma

O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), sinalizou hoje que pode manter estados e municípios no relatório.

"A proposta traz uma economia de R$ 350 bilhões para estados e municípios em dez anos. Acho que não podemos deixar isso de lado. Governo federal, estados e municípios devem estar juntos na reforma", declarou.

Moreira também disse que estados e municípios têm um rombo anual de R$ 100 bilhões, que pode chegar a R$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos.

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