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Secretário: Quase todas estatais serão vendidas, começando por mais fáceis

Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados - Luiz Prado/Agência Luz
Salim Mattar, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados Imagem: Luiz Prado/Agência Luz

Ricardo Marchesan

Do UOL, em São Paulo

08/08/2019 13h10

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, José Salim Mattar, afirmou que o governo vai "tomar a sopa pelas bordas" e vender primeiro as estatais que puderem ser privatizadas com mais facilidade, sem resistência da opinião pública.

Tem uma 'constelação' de mais de 130 empresas para serem privatizadas. Vamos começar devagarzinho, com aquelas que não dão problema [com a opinião pública]. Deixar que a sociedade vá absorvendo isso
José Salim Mattar, secretário do Ministério da Economia

Questionado sobre quais empresas não seria possível privatizar, respondeu que "quase tudo" pode ser vendido. O secretário participa de um evento do banco BTG Pactual em São Paulo, nesta manhã.

"O ministro [da Economia, Paulo Guedes,] orientou claramente: nós vamos vender tudo que seja possível. E tem um depoimento do presidente dizendo o seguinte: o Estado não vai concorrer com a iniciativa privada. Nós não vamos estar nas áreas em que a iniciativa privada puder estar presente. Se vocês fizerem uma análise disso, significa [privatizar] tudo ou quase tudo", disse.

'Clima mudou'

Para o secretário, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia estão conseguindo fazer "um convencimento da sociedade em relação à importância das privatizações".

"Falou-se da privatização dos Correios e cogitou-se uma greve, que não aconteceu. Foi privatizada a BR Distribuidora --absolutamente tranquilo. Então parece que o clima mudou em relação às privatizações", afirmou.

O secretário também evitou falar sobre a probabilidade de que a Petrobras seja vendida. "Neste momento, nós estamos trabalhando em cima das empresas deficitárias."

Bolsonaro e ministro se contradizem sobre privatizar Correios

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