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Ex-presidente da Petrobras vê reforma da Previdência como "necessária"

Ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente defendeu a reforma da Previdência - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
Ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente defendeu a reforma da Previdência Imagem: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Lucas Borges Teixeira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/09/2019 12h45

Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras, defendeu a reforma da Previdência, embora avalie que ela retire direitos. Em debate sobre novos caminhos para a economia realizado hoje (09), o executivo afirmou que o governo atual tem boas oportunidades, mas precisa adquirir mais consistência.

Em evento realizado pela revista "Exame" em São Paulo, Parente, atual presidente do conselho de administração da alimentícia BRF, disse ver com otimismo a participação da sociedade no debate da reforma da Previdência.

"No fundo, é uma reforma que reduz direitos, embora absolutamente necessária", afirmou Parente. "Absolutamente necessária, pois reduz direitos na medida que nós não tínhamos mais condições de continuar pagando esta conta."

Para ele, que foi ministro-chefe da Casa Civil na gestão FHC (PSDB), o governo Jair Bolsonaro (PSL) tem uma boa oportunidade para melhorar a economia, mas precisa se consolidar melhor em outras áreas.

"Esse governo tem na mão uma chance única de fazer um salto de crescimento. [Mas], se na área econômica a gente vê essa consistência, no governo como um todo ainda falta. É dever de casa gerar essa consistência a todos os ministérios para que o país sinta que há confiança para investir", ponderou Parente, que também ressaltou o recente aumento de saída de capital estrangeiro da bolsa.

Segundo ele, para estimular ainda mais o ambiente econômico no Brasil, é "muito importante" também avançar na reforma tributária. "Temos estabilidade na legislação tributária aqui, mas não temos estabilidade na aplicação desta legislação. Isso é um tema fundamental para as empresas. Virou chavão falar de 'custo Brasil', mas ele está aí."

"Melhorar o ambiente de negócios, simplificar o sistema tributário, simplificar a legislação trabalhista e simplificar a aplicação desta legislação é fundamental [para melhorar a economia]", concluiu Parente.