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Coronavírus pode levar 11 milhões de pessoas à pobreza na Ásia

Relatório do Banco Mundial destaca que medidas urgentes precisam ser feitas - Liu Chan/Xinhua
Relatório do Banco Mundial destaca que medidas urgentes precisam ser feitas Imagem: Liu Chan/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

01/04/2020 09h04

O Banco Mundial fez um alerta nesta terça-feira: a pandemia do novo coronavírus pode levar 11 milhões de pessoas à pobreza no leste da Ásia e no Pacífico caso medidas urgentes não sejam tomadas.

De acordo com um relatório da instituição, a região pode sofrer a maior desaceleração econômica das últimas duas década, informou a reportagem da CNN em Hong Kong.

Antes da pandemia, as previsões eram de que a região conseguiria tirar quase 35 milhões de pessoas da linha da pobreza. Mais de 25 milhões somente na China.

Essa desaceleração na economia pode ser de 2,1% neste ano, segundo o Banco Mundial. Em 2019, a mesma projeção era de 5,8%. Imaginando um cenário pior, a economia pode recuar 0,5%, alertou.

Só a China, uma das economias mais fortes do mundo, pode desacelerar 0,1%, na pior das hipóteses. Em 2019, esse fluxo foi de 6,1%. Em um cenário modesto, a projeção mostra um recuo econômico na faixa de 2,3%.

Caso a pior desaceleração se confirme, o mundo todo pode sentir os efeitos negativos da economia em queda.

O relatório do Banco Mundial destaca que toda a região Ásia e Pacífico deve se preparar para um grande impacto na pobreza, o que envolve doenças, morte e redução na renda.

Indonésia, Papua-Nova Guiné e Filipinas podem ser as mais atingidas. Por outro lado, Vietnã, Camboja, Laos, Mongólia e Mianmar são os poucos que podem ter um ligeiro crescimento.

Apesar da promessa do Banco Mundial de oferecer US$ 14 bilhões para países em desenvolvimento e fornecer US$ 160 bilhões para ajudar pessoas mais vulneráveis, a instituição alerta que será preciso ainda mais para enfrentar os impactos causados pelo novo coronavírus.

"Todos os países da região do leste asiático, do Pacífico e além devem reconhecer que, além de ações nacionais ousadas, uma cooperação internacional mais profunda é a vacina mais eficaz contra essa ameaça virulenta", afirmou o relatório.

O que pode ser feito?

De acordo com o Banco Mundial, a recuperação na região depende da velocidade com que a pandemia será contida. O relatório indicou Singapura e Coreia do Sul como exemplos de como os países devem lidar com o novo vírus— o que inclui a quarentena, altos níveis de testes e rastreamento de pessoas infectadas.

O Banco também destaca que governos precisam implementar várias medidas para ajudar a população e impedir o aumento da pobreza.