Ministério da Economia estuda rever programas sociais, diz secretário
Diante do impacto causado pela pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Economia estuda rever investimentos em programas sociais. A informação foi divulgada hoje pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, em entrevista à CNN Brasil.
"O Brasil é cheio de programa social que, em vez de ajudar ao pobre, ajuda ao rico. Que tal se fortalecermos nossa rede de proteção social, pegando programas que não funcionam e colocando em programas que funcionam? Essas discussões estão sendo feitas, e, no momento adequado, com o Governo e o Congresso, vão ser divulgadas", disse Sachsida.
A tendência, no entanto, é que as diretrizes só sejam revistas após o pagamento do auxílio emergencial, feito pelo Governo Federal em três parcelas de R$ 600 durante a pandemia. "Agora, o momento atual é de emergência. É natural que o governo seja mais focado nas pautas de auxílio emergencial a essa pandemia, que é única na história da ciência econômica", acrescentou.
Sachsida lembrou ainda que a projeção de queda do PIB para este ano é de 4,7%, "a maior da série histórica". Os números, ele lembrou, sofrem diretamente com a influência da covid-19 na economia.
"Cada semana de distanciamento social custa R$ 20 bilhões. Aumenta o endividamento e afeta o crescimento a longo prazo. Não é crítica a governadores; todos nós queremos o melhor ao nosso país. Se o presidente está falando, precisa ser levado a sério. Existe uma crise muito séria. Como vamos sair da crise? Vamos sair unidos. Não há dilema entre saúde e economia. A vida é um pacote", disse Sachsida, que ainda não vê um plano de reabertura econômica.
"A reabertura, quem tem que falar não é o ministério. Não sou especialista em epidemiologia. Agora, temos que ter um projeto de retomada econômica para quando for possível. E isso tem, o ministro Paulo Guedes fala diariamente. Podem ter certeza, essas pautas vão avançar. Nosso país está em um momento difícil, e como nação, temos que fazer escolhas", acrescentou.
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