Dólar emenda segunda queda, de 1,89%, e vai a R$ 5,582; Bolsa sobe 2,1%
O dólar comercial teve baixa de 1,89% e fechou o dia de hoje (21) cotado a R$ 5,582 na venda. Foi a segunda queda seguida. Ontem (20) a moeda norte-americana tinha desvalorizado 1,23%, negociado por R$ 5,69.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, saltou 2,1%, a 83.027,09, na segunda alta seguida.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
BC sinaliza mais intervenções
Na tarde de ontem (20), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o BC tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.
"A declaração do Campos Neto mencionou que o Banco Central tem instrumentos para atuar de maneira mais pesada na moeda", disse Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, afirmando que o BC pode evitar uma dinâmica excessivamente negativa do real.
Mas, segundo Serrano, a atuação da instituição daqui para frente "depende muito da dinâmica de mercado. O BC tem atuado de maneira clara: só intervém quando há movimentos exagerados".
Em meio a cenário de juros baixos, incertezas econômicas e tensões políticas domésticas, o dólar acumula alta de quase 40% contra o real no ano de 2020, e chegou a ficar a poucos centavos de superar R$ 6 na semana passada. O BC fez intervenções pontuais nos mercados diante desse ambiente, mas alguns analistas dizem que foram medidas muito limitadas.
EUA e China
Embora o foco continuasse no BC, os investidores também estavam atentos aos desdobramentos da disputa entre Estados Unidos e China.
Além disso, repercutem dados que mostraram nova alta nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.
Crise política interna
No Brasil, a política segue sob os holofotes à medida que os mercados esperam a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a divulgação de vídeo de reunião que poderia comprometer o presidente Jair Bolsonaro, num momento em que a impopularidade do governo está em máximas recordes.
* Com informações da Reuters
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