Dólar sobe a R$ 5,132, após 2 quedas; Bolsa avança a maior nível em 3 meses
O dólar comercial fechou em alta de 0,89%, vendido a R$ 5,1315, interrompendo uma sequência de duas quedas. Ontem, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 5,086, com baixa de 2,38%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, teve alta pelo quinto pregão seguido, de 0,89%, a 93.828,61 pontos, maior nível desde 6 de março (97.996,77 pontos).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Impulso na economia europeia
Nesta quinta-feira, o BCE (Banco Central Europeu) intensificou seu programa de estímulo para impulsionar a economia da zona do euro, aumentando o tamanho do seu Programa de Compra de Emergência Pandêmica em 600 bilhões de euros, para 1,35 trilhão de euros.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, dados mostraram que o número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego caiu abaixo de 2 milhões na semana passada, pela primeira vez desde meados de março.
"Além da expectativa de total reabertura das economias, a liquidez dos bancos centrais no combate aos impactos da covid-19 vem ajudando nas performances das principais bolsas mundiais", afirmou a equipe da Elite Investimentos, classificando os ajustes nesta sessão como realização de lucros.
"Eu acho que está havendo uma realização", disse à agência de notícias Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.
"Hoje teve o BCE anunciando aumento no seu programa de compras de ativos, e tudo isso é bom para os mercados e favorece uma abertura positiva, mas temos que reconhecer também que os mercados andaram muito nos últimos dias. É natural que haja realização, ainda mais com bastante incerteza no horizonte, aqui e lá fora."
Tensão política no Brasil
No Brasil, as atenções seguem no noticiário político, de olho nos desdobramentos relacionados aos desentendimentos entre os poderes.
Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou lei que extingue o fundo de reservas monetárias, mas vetou a destinação desses recursos —estimados em mais de R$ 8,6 bilhões— para o combate ao coronavírus, surpreendendo deputados, segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Para analistas, o futuro do dólar ainda é incerto, e muitos descartam uma recuperação definitiva do real. Luciano Rostagno disse que acha "difícil ver o real sendo negociado abaixo do patamar de R$ 5 por dólar por um período prolongado de tempo. No curto prazo ainda há muita incerteza, que deve impedir a moeda de cruzar esse nível de forma sustentável".
*Com Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.