Mercosul projeta assinar acordo com a União Europeia no fim do ano

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Antonio Rivas, afirmou hoje que espera que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia seja assinado no final do ano, sob a presidência do Uruguai e a presidência alemã do Conselho da UE.

O Paraguai está na liderança do bloco até quinta-feira (2).

Relacionadas

Acordo Mercosul-UE pode impactar economia brasileira em US$ 79 bilhões

França e Holanda são oportunistas no debate ambiental, diz Paulo Guedes

Governo traça diretriz para eventual combate a nuvem de gafanhotos no país

Além do ministro, o diretor-geral de política econômica do órgão governamental paraguaio, Raúl Cano, demonstrou otimismo, alegando que faltam "pequenos detalhes".

"Com o trabalho que realizamos durante a presidência temporária, foi aberto o caminho para que a tradução desse acordo pudesse começar o mais rápido possível e, depois, prosseguir para a assinatura. Entendemos que isso ocorrerá no final do semestre seguinte", disse ele na coletiva da Cúpula do Mercosul, organizada por videoconferência.

Em 2019, os dois blocos econômicos assinaram o tratado de livre comércio, depois de 20 anos de negociações. Agora, o acordo entre os dois continentes espera a ratificação para que as medidas entrem em vigor.

Para isso, ele ainda tem que passar pelos 27 parlamentos da União Europeia.

Em agosto do ano passado, o presidente da França, Emmanuel Macron, se mostrou contrário a ratificar a assinatura por acusar o governo de Jair Bolsonaro de não respeitar o Acordo Climático de Paris, em meio às queimadas na Amazônia.

Ontem, Macron voltou a se opor a assinatura, referindo-se a acordos comerciais "que não respeitem o Acordo de Paris", durante um discurso na Convenção Cidadã. "Por isso, interrompi as negociações sobre o Mercosul e os últimos relatórios que recebi confortaram a minha decisão", disse o presidente francês.