Auxílio evitou que 5,6 mi de crianças caíssem na extrema pobreza, diz FGV

O pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais e de baixa renda durante a pandemia de coronavírus evitou que 5,6 milhões de crianças passassem a ficar abaixo da linha da pobreza extrema, segundo estimativa do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 2,27 milhões de crianças (entre 0 e 13 anos) estavam abaixo da linha da extrema pobreza em maio, o que representa 5,5% do total de pessoas nessa faixa etária no país. Sem a distribuição do auxílio emergencial, esse número teria subido para 7,93 milhões (19,4% do total), segundo o levantamento.
Em relação à população geral, de todas as idades, o auxílio evitou que 19,17 milhões de pessoas caíssem na pobreza extrema. Sem o auxílio, a soma de pessoas nessa situação subiria de 8,83 milhões (4,2% do total) para 28 milhões (13,3%), disse o estudo.
O que é pobreza extrema?
Foram consideradas em situação de pobreza extrema famílias que vivem com menos de R$ 154 mensais por pessoa.
Esse é o critério usado pela ONU (Organização das Nações Unidas), que classifica como pobreza extrema a situação de pessoas com renda familiar per capita abaixo de US$ 1,90 por dia, com uma paridade de poder de compra de 2011. O Ibre atualizou esse número, considerando a inflação acumulada desde então.
Também evitou aumento da pobreza
Pelo levantamento, o auxílio emergencial também evitou que 6,6 milhões de crianças caíssem na pobreza. Estão nessa faixa de renda quem vive com até US$ 5,50 por dia, o equivalente a R$ 457 por mês.
Sem o auxílio, o número de crianças nessa situação teria subido de 14,9 milhões (36,4% do total) para 21,5 milhões (52,5% do total).
Considerando a população geral, sem o pagamento do auxílio, a quantidade de pessoas em situação de pobreza teria subido de 50,2 milhões (23,8%) para 76,8 milhões (36,4%), de acordo com o levantamento.
Número leva em conta valor do Bolsa Família
O estudo da FGV levou em conta o valor estimado que as pessoas receberiam via Bolsa Família se não existisse o auxílio emergencial, explicou o pesquisador Daniel Duque. Atualmente, o beneficiário do Bolsa Família que preenche os requisitos para o auxílio emergencial recebe apenas o que for mais vantajoso para ele.
Se as famílias não tivessem o auxílio emergencial nem o Bolsa Família, o número de crianças em extrema pobreza saltaria para 9,11 milhões em maio (22,2%) do total.
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