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Dólar emenda terceira queda e vai a R$ 5,114; Bolsa fecha quase estável

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

22/07/2020 17h07

O dólar comercial emendou hoje (22) a terceira queda consecutiva e fechou com desvalorização de 1,87%, cotado a R$ 5,114 na venda, chegando ao menor valor desde 12 de junho (R$ 5,046). Ontem (21) a moeda norte-americana tinha caído 2,44%, vendida a R$ 5,212.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,02%, a 104.289,57. Ontem (21) o índice fechou com queda de 0,11%, a 104.309,742 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Reforma tributária e cenário externo

Assim como na véspera, investidores continuavam otimistas nesta quarta-feira, mesmo após notícias de que os Estados Unidos ordenaram o fechamento do consulado chinês de Houston, no Texas, agravando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.

"No radar estão as intermináveis preocupações com as tensões entre os Estados Unidos e a China; (...) Pequim classificou a atitude (dos EUA) como ultrajante e injustificável", citou em nota Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora. Os mercados temem uma retaliação do país asiático, o que poderia prejudicar o acordo comercial entre os dois países.

No Brasil, o governo encaminhou ao Congresso na véspera a parte inicial de sua aguardada proposta de reforma tributária, que contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA).

"O projeto de lei do governo dá entrada pela Câmara, mas deve ser discutido pela comissão mista, que inclui deputados e senadores, e já discute as PECs 45 e 110. O gesto ajuda o tema a ganhar momento", disseram analistas da XP Investimentos. "O negativo é que a reforma por etapas enfraquece as próximas fases, caso tardem muito a serem formalizadas."

A opinião de vários agentes do mercado é de que a proposta do governo sinaliza possibilidade de retomada da agenda de reformas, que havia sido interrompida pela crise econômica e sanitária gerada pela pandemia de coronavírus, e pode tornar o Brasil interessante para investidores estrangeiros.

*Com Reuters