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Dólar fecha em queda de 0,26%, a R$ 5,159; Bolsa cai 0,56%

Do UOL, em São Paulo

30/07/2020 17h06

O dólar comercial terminou a sessão de hoje (30) com desvalorização de 0,26%, cotado a R$ 5,159 na venda. Ontem (29) a moeda norte-americana tinha valorizado 0,29%, negociado por R$ 5,172.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 0,56%, a 105.008,70 pontos. Na véspera, tinha terminado em alta de 1,44%, aos 105.605,17 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

EUA no radar

O Produto Interno Bruto dos EUA recuou a uma taxa anualizada de 32,9% no último trimestre, o maior declínio desde que o governo começou a manter registros, em 1947, informou o Departamento de Comércio norte-americano nesta quinta-feira. A queda foi mais que o triplo do declínio histórico anterior de 10% no segundo trimestre de 1958. A economia registrou contração de 5% no primeiro trimestre.

Ainda assim, a queda apresentada no segundo trimestre não foi tão acentuada quanto se esperava. Economistas consultados pela agência de notícias Reuters previam que o PIB norte-americano teria contração de 34,1%.

"O dado apontou uma queda menor do que a esperada na margem anualizada; isso está limitando a alta do dólar e o real diminuiu seu ritmo de perda depois das 9h30", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

Ainda no radar de investidores, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou nesta quinta-feira a possibilidade de adiar a eleição presidencial de novembro, apesar de a data estar determinada na Constituição do país.

Não ficou claro se Trump falou sério, e tal medida exigiria uma ação do Congresso, que detém o poder de programar as eleições.

Para Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, ainda não houve tempo de investidores digerirem a notícia, mas ele ressaltou que essa medida teria impacto sobre os mercados, uma vez que as chances de reeleição de Trump têm ficado sob pressão.

Na véspera, o Federal Reserve concluiu sua reunião de política monetária, e declarações do BC americano e de seu presidente, Jerome Powell, continuavam impactando o sentimento dos investidores. Em comunicado, o Fed vinculou diretamente a recuperação econômica à resolução de uma crise de saúde cuja direção permanece muito incerta.

Powell disse que o salto em casos de coronavírus nos Estados Unidos e as restrições que visam contê-lo começaram a pesar na recuperação.

"Ainda que óbvio, o discurso de Powell escancara o fato de que tanto a economia ainda é dependente da série de estímulos governamentais, como o fim da pandemia ainda é condição sine qua non para que tal recuperação ganhe corpo", disseram analistas da Infinity Asset em nota.

*Com Reuters