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Dólar sobe quase 3% e passa de R$ 5,30; acompanhe

Do UOL, em São Paulo

03/08/2020 11h36

O dólar comercial chegou a ser negociado por R$ 5,311 na manhã de hoje (3). A moeda norte-americana atingiu o valor por volta das 11h19 (de Brasília), quando subia 2,95%.

O foco dos investidores estava no aumento de casos de coronavírus e nas negociações de um pacote de auxílio econômico nos Estados Unidos, enquanto aguardam a decisão sobre os juros no Brasil, prevista para quarta-feira.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

De olho nos EUA

Um impasse no Congresso norte-americano causado por divergências entre republicanos e democratas sobre o tamanho de um pacote de auxílio preocupava investidores de todo o mundo, uma vez que a economia dos Estados Unidos está longe de uma recuperação e segue ameaçada pela alta nos casos de coronavírus no país.

Além disso, em meio à deterioração das finanças públicas do país e à ausência de um plano crível de consolidação fiscal, a agência de classificação de risco Fitch reduziu na sexta-feira, após o fechamento dos mercados, a perspectiva para a nota dos Estados Unidos de "estável" para "negativa".

"O mercado está olhando muito lá para fora", disse Fernanda Consorte, estrategista de câmbio do banco Ourinvest. "Você tem uma expectativa em relação ao pacote de US$ 1 trilhão nos Estados Unidos, mas as negociações estão duras, está difícil de sair. Isso, junto com o aumento de casos de coronavírus", levanta dúvidas sobre a saúde da economia, gerando apreensão e, consequentemente, aversão a risco, acrescentou.

Juros no Brasil

Enquanto isso, no Brasil, as expectativas giravam em torno da decisão de política monetária do Copom, com boa parte dos mercados esperando mais um corte residual da taxa Selic a nova mínima histórica de 2%.

Muitos analistas citam o ambiente de juros baixos como um dos principais fatores para a disparada do dólar em 2020, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, prejudicando o investimento estrangeiro e, consequentemente, o fluxo cambial.

"Embora boa parte do mercado espere mais um corte, encerrando o ciclo de queda de juros em 2%, o BC tem sido menos 'dovish' em suas declarações", comentou Fernanda Consorte. "Isso traz volatilidade, principalmente para a moeda."

Atuação do BC

O Banco Central realizará nesta segunda-feira leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021.

(Com Reuters)

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.