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Paulo Markun entrevista filósofo italiano Franco Berardi nesta 4ª, às 16h

Filósofo italiano Franco Berardi no "Conversas na Crise" (19.08.20) - Arte/IdEA-Unicamp
Filósofo italiano Franco Berardi no "Conversas na Crise" (19.08.20) Imagem: Arte/IdEA-Unicamp

Do UOL, em São Paulo

18/08/2020 16h41

O filósofo, ativista e escritor italiano Franco "Bifo" Berard será o entrevistado da próxima live do "Conversas na Crise - Depois do Futuro", nesta quarta-feira (19), às 16h, com apresentação do jornalista Paulo Markun. O programa, gravado, será exibido pela home do UOL e pelos canais do UOL no YouTube e Facebook.

O filósofo fará sua análise sobre as mudanças impostas pelo novo coronavírus e como será o futuro pós-pandemia. Outro assunto será o risco do poder excessivo concentrado nas megacorporações digitais e a inviabilidade de uma direção política e racional desses movimentos.

O encontro terá também a participação do jornalista Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, do antropólogo Rafael Evangelista, pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, e do poeta e linguista Carlos Vogt, presidente do Conselho Científico e Cultural do IdEA (Instituto de Estudos Avançados) da Unicamp.

Nascido em Bolonha, em 1949, Berardi é graduado em estética pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Bolonha. Militante desde a adolescência, passou pela Juventude Comunista, foi uma figura de destaque no Potere Operaio (Poder operário) durante o Maio de 1968, e atuou no movimento anarco-sindicalista italiano nos anos 1970. Fundou a revista A/traverso (1975-1981) e fez parte da equipe da rádio Alice, a primeira rádio livre da Itália (1976-1978). Com Antonio Negri e outros intelectuais envolvidos no Movimento Autonomista italiano, exilou-se em Paris, onde trabalhou com Félix Guattari no campo da esquizoanálise e frequentou os seminários de Michel Foucault.

Foi professor de Teoria da Mídia na Accademia di Belle Arti, em Milão, no Programa d'Estudis Independents, em Barcelona, e no Institute for Doctoral Studies in Visual Arts. Entre seus principais livros estão "Contro il lavoro" (Milão, 1970), "Mutazione e ciberpunk" (Gênova, 1993), "Cibernauti" (Roma, 1994), "Felix" (Roma, 2001), "Precarious Rhapsody" (Londres/Buenos Aires, 2008), "The Soul at Work: From Alienation to Autonomy" (Los Angeles, 2009), "The Uprising" (Los Angeles, 2012), "Heroes" (Londres, 2015), "And: Phenomenology of the End" (Los Angeles/Buenos Aires, 2015) e "Futurability" (Londres, 2017). No Brasil, publicou também "A Fábrica da Infelicidade" (2005), pela editora DP&A, e "Asfixia - Capitalismo financeiro e a insurreição da linguagem" (2020), pela Ubu Editora.

"Conversas na Crise - Depois do Futuro" é um desdobramento do projeto "A Crise Brasileira", lançado na Unicamp em setembro de 2019 como iniciativa do IdEA. Com as restrições impostas pela quarentena, as discussões passaram para o ambiente virtual, tendo o UOL como parceiro e foco no debate do futuro pós-pandemia.