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Lucro dos grandes bancos soma R$ 15,6 bi no 3º tri, queda de 19% ante 2019

Individualmente, o Itaú registrou o maior lucro, seguido por Bradesco, Santander e Banco do Brasil - Getty Images
Individualmente, o Itaú registrou o maior lucro, seguido por Bradesco, Santander e Banco do Brasil Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

06/11/2020 21h42Atualizada em 06/11/2020 21h45

O lucro líquido somado de Itaú Unibanco, Santander, Bradesco e Banco do Brasil foi de R$ 15,582 bilhões no terceiro trimestre deste ano, valor 28% maior que o registrado no período anterior (R$ 12,164 bilhões), mas 19,2% menor que os R$ 19,277 bilhões do terceiro trimestre de 2019.

Segundo levantamento feito por uma empresa de informações financeiras, o resultado é o melhor de 2020. No primeiro e no segundo trimestres, o lucro conjunto dos quatro grandes bancos ficou em R$ 13,762 bilhões e R$ 12,164 bilhões, respectivamente.

Em termos nominais — isto é, sem considerar a inflação —, o maior valor já alcançado desde o início da série, em 2006, foi o do quarto trimestre de 2019: R$ 21,807 bilhões.

Entre os quatro, o Itaú é o que registrou o maior lucro no terceiro trimestre, R$ 4,492 bilhões, seguido por Bradesco (R$ 4,194 bilhões), Santander (R$ 3,811 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 3,085 bilhões).

Já a mediana do ROE (Rentabilidade sobre o Patrimônio), um indicador da lucratividade dos bancos, ficou em 13,58% no período, o mais baixo do ano e o quarto menor resultado da série histórica. No primeiro e no segundo trimestres, o índice foi de 17,89% e 15,44%, nesta ordem.

Individualmente, a análise do ROE aponta o Santander na liderança pelo quinto trimestre consecutivo, com 17,71%. Depois, aparecem Banco do Brasil (14,77%), Itaú (12,39%) e Bradesco (11,64%).

Reservas para calotes

Nos quatro bancos, as PDD (Provisões para Devedores Duvidosos), que servem de reserva para possíveis calotes, somaram R$ 20,708 bilhões no terceiro trimestre deste ano, montante 21,8% inferior ao do período anterior (R$ 26,494 bilhões). Em comparação com o terceiro trimestre de 2019 (R$ 15,252 bilhões), porém, houve crescimento de 35,8%.

O maior valor reservado para PDD para um 3º trimestre foi registrado em 2015, ainda de acordo com o levantamento. À época, esse montante era de R$ 27,740 bilhões.

O Banco do Brasil é o que acumulou maior reserva para calotes no terceiro trimestre, com R$ 6,716 bilhões, à frente de Itaú (R$ 5,449 bilhões), Bradesco (R$ 5,405 bilhões) e Santander (R$ 3,139 bilhões).