Ilca Sierra, da Via Varejo: Crediário sempre foi fortaleza das Casas Bahia
Ilca Sierra, diretora de Marketing Multicanal e Comunicação da Via Varejo, é a entrevistada desta semana do podcast Mídia e Marketing.
No papo, Ilca fala sobre a migração de vendas das lojas físicas para o mundo virtual durante a pandemia, comenta a extensa transformação digital que a empresa, dona das redes Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, tem atravessado e explica como diferenciar as lojas para os consumidores.
"Tivemos 1.100 lojas fechadas do dia para a noite. Cerca de 20 mil vendedores perderam o ponto de venda como canal prioritário. Precisamos dar estrutura para esses profissionais de lojas continuarem trabalhando —e, assim, lançamos a ação "Chama no Zap", onde mandamos nossos consumidores para serem atendidos via WhatsApp", diz (no arquivo acima, este trecho está a partir de 1:12).
"Isso foi super estratégico e super importante para gente. A gente diz que digitalizou o vendedor ao mesmo tempo que humanizou o e-commerce. Proporcionamos essa primeira compra online para muitas pessoas. Milhões de consumidores tiveram sua primeira compra online impulsionada pela pandemia" (a partir de 3:35).
A executiva também comenta sobre a opção do consumidor retirar os produtos comprados via e-commerce nas lojas da empresa. "A loja não é mais 'só uma loja': ela é um ponto de estratégia de distribuição regional. Se teve uma ferramenta que ajudou o Brasil na inclusão digital foi o WhatsApp", declara (a partir de 9:24).
Mas como distinguir marcas que vendem produtos parecidos? Ilca lembra que cada uma tem seu público-alvo específico: "As marcas orbitam por territórios diferentes. Casas Bahia é uma marca mais nacional, enquanto o Ponto Frio tem fortalezas regionais. O crediário, por exemplo, sempre foi uma fortaleza para Casas Bahia", diz (a partir de 11:10).
Ilca também fala sobre a transformação da mascote da marca: no mês passado, o sexagenário "Bahianinho" virou o adolescente "CB". Agora ele passa também a responder como porta-voz da empresa, com forte atuação nas redes sociais.
"Até então, ele era uma mascote: não falava, não tinha opinião, era mais visual. Agora, passamos pelo processo de ressignificar o papel desse personagem para marca, que tem um papel muito importante: levar nossos valores de sustentabilidade e de diversidade para o público final", afirma (a partir de 13:35).
A diretora de marketing ainda conta como foi trabalhar durante mais de uma década no Magazine Luiza.
"Poder ter participado da transformação digital da companhia de forma intensa e ver a transformação da 'Lu' numa influenciadora digital foram momentos especiais", afirma (a partir de 23:01).
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