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Como funciona a Brand Factory, incubadora de projetos da Pernod Ricard

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Imagem: Reprodução

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/01/2021 04h01

A Pernord Ricard, dona de marcas como Absolut e Chivas, aposta em um formato criativo diferente para algumas de suas marcas no Brasil. Desde 2018, a companhia de bebidas possui uma incubadora de projetos no país, chamada de 'Brand Factory'.

Com processos de trabalhos semelhantes aos de startups, com modelos de aprendizagem rápida, por exemplo, a área atua em três frentes: divulgar o portfólio da companha, indicar marcas para possível aquisição e desenvolvimento de novos produtos. O formato, por enquanto, só existe no Brasil e está em exportação para outros países.

"A área começou com duas marcas (Plymouth e Monkey) e hoje trabalha com oito produtos. Analisamos as categorias com potencial de crescimento, numa espécie de 'portfólio do futuro'", explica Camilla Junqueira, diretora da Brand Factory. Os gins Monkey 47 e Plymouth, os aperitivos Ramazzotti e Lillet, os runs Havana Club e Malibu, o licor de café Kahlua e a tequila Altos fazem parte do portfólio da área.

Migração para o online durante a pandemia

A pandemia causada pela covid-19 afetou, e muito, na forma de trabalho da equipe. "70% do peso do portfólio era de eventos. Migramos todos os esforços para fora do trade de vendas e fomos para o online, de forma rápida, reforçando também o relacionamento com influenciadores", diz Camilla.

Segundo a executiva, mesmo com a mudança, o volume de vendas das marcas cresceu 25% em 2020, se comparado ao ano anterior. "Isso porque trabalhamos de maneira mais assertiva, focada em conversão de vendas", declara Camilla.

Um dos exemplos recentes foi o "Road to Cuba", evento da marca de rum Havana, que migrou todo para o online. "Tivemos que sair da criação de um conteúdo padrão e passamos a buscar um maior engajamento com moda e música, pilares que enxergávamos com alto potencial", explica.

Para a executiva, a pandemia e o isolamento social acabaram forçando que os consumidores trocassem os canais de venda —de bares para supermercados, por exemplo, e isso foi fundamental no sucesso de vendas.

"O consumidor olhou e percebeu que poderia comprar um produto melhor, com um preço mais alto, para beber em casa. Além disso, o movimento de 'cozinhar em casa', aconteceu também com a coquetelaria, mostrando a necessidade de se aprender drinques diferentes", afirma.