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Dólar opera em alta de 0,36%, a R$ 5,284, e Bolsa cai 2%, após aumento do IOF

Do UOL, em São Paulo

17/09/2021 09h38Atualizada em 17/09/2021 13h58

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa em queda na tarde de hoje, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aumentar o IOF. A moeda subia 0,36% e era negociada a R$ 5,284 na venda, por volta das 14h (de Brasília).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caía 2,02%, registrando 111.497,88 pontos, após três quedas diárias consecutivas.

Ontem (16) o dólar comercial teve valorização de 0,54%, fechando a R$ 5,266 na venda, e a Bolsa caiu 1,1%, fechando a 113.794,281 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Aumento do IOF

Em meio a incertezas persistentes sobre a capacidade do governo de manter seus gastos dentro do teto, o presidente Jair Bolsonaro editou na quinta-feira um decreto com aumento do imposto sobre operações financeiras IOF, com o objetivo de custear o aumento no valor do novo programa social do governo, que irá substituir o Bolsa Família. Ainda não está definido o novo valor do benefício.

De acordo com o Ministério da Economia, o decreto eleva a alíquota do IOF nas operações de crédito efetuadas por pessoas jurídicas da atual alíquota anual de 1,5% para 2,04%, e para pessoas físicas dos atuais 3% anuais para 4,08%.

"A medida, que pegou o mercado de surpresa, está sendo digerida por investidores e, antes de mais nada, coloca em evidência as dificuldades do governo em aprovar fontes de financiamento permanentes para o seu novo programa social, o Auxílio Brasil", escreveu Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

Por outro lado, alguns investidores chamavam a atenção para o fato de que o aumento de arrecadação com a alta do IOF está estimado em R$ 2,14 bilhões; "um valor muito baixo", disse à Reuters Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank, embora tenha ressaltado que "aumentos de imposto nunca são [bem-recebidos] pelos mercados".

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters