Dólar opera estável, vendido a R$ 5,303, e Bolsa sobe mais de 1%; siga
O dólar comercial operava quase estável e a Bolsa subia na tarde de hoje (23). Por volta das 15h30 (de Brasília), a moeda norte-americana registrava leve queda de 0,03%, vendida a R$ 5,303.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em alta de 1,58%, aos 114.057,04 pontos.
Ontem (22) o dólar subiu 0,34%, fechando a R$ 5,304 na venda e a Bolsa a 112.282,281 pontos, com alta de 1,84%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Alta da Selic
O BC (Banco Central) aumentou ontem a taxa Selic em 1 ponto percentual, ao patamar de 6,25% ao ano.
Em comunicado, a autarquia indicou que deve adotar outro ajuste de igual magnitude na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em outubro, e frisou que sua intenção é avançar com os juros a patamar que atue no sentido de esfriar a economia de forma a conter a inflação.
O UBS disse em relatório divulgado na véspera que a decisão da última reunião do Copom não trouxe grandes surpresas para os mercados, mas notou que possível deterioração das expectativas de inflação poderia levar os mercados a precificarem mais aumentos de juros pelo BC no início de 2022.
"O real deve se beneficiar de seu melhor perfil de carrego contra a maioria de seus pares emergentes, e os riscos são de que os mercados precifiquem um BC mais 'hawkish' (duro com a inflação) daqui em diante", disse o banco suíço em relatório assinado pelos economistas Alexandre de Azara e Fabio Ramos e pelo estrategista Roque Montero.
No entanto, com a impressão de boa parte dos mercados de que o Banco Central fechou a porta para ajustes mais acentuados na Selic, de 1,25 ou até 1,5 ponto percentual, desvalorizações mais intensas da divisa norte-americana são contidas, principalmente com a expectativa de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) suba com força em setembro, disse à Reuters Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
A previsão de maior pressão nos preços ao consumidor reflete a bandeira tarifária "escassez hídrica" sobre os preços de energia, disse ele.
Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia levará a Selic para onde for necessário, mas não vai alterar seu plano de voo a cada número inflacionário de alta frequência que sair.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
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