Trio de especialistas da área experimental ganha Nobel de Economia
Do UOL, em São Paulo
11/10/2021 07h32Atualizada em 11/10/2021 14h21
O Prêmio Nobel de Economia de 2021 foi concedido hoje a David Card "por suas contribuições empíricas para a economia do trabalho" e a Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens "por suas contribuições metodológicas para a análise das relações causais".
O trio "contribuiu com novas ideias sobre o mercado de trabalho e mostrou quais conclusões podem ser tiradas de experiências naturais em termos de causas e consequências. A abordagem deles se espalhou para outros campos e revolucionou a pesquisa empírica", elogiou o júri do Nobel.
O prêmio é de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 6,32 milhões. David Card receberá metade e a outra metade será dividida entre Joshua Angrist e Guido Imbens.
BREAKING NEWS:
-- The Nobel Prize (@NobelPrize) October 11, 2021
The 2021 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel has been awarded with one half to David Card and the other half jointly to Joshua D. Angrist and Guido W. Imbens.#NobelPrize pic.twitter.com/nkMjWai4Gn
No ano passado, o Nobel de Economia premiou os americanos Paul Milgrom e Robert Wilson por "melhorar a teoria dos leilões e inventar novos formatos de leilões beneficiando vendedores, compradores e contribuintes em todo o mundo".
Quem são os premiados
David Card nasceu em 1956 em Guelph, no Canadá, e é professor de economia da Universidade de Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.
Joshua D. Angrist nasceu em 1960 em Columbus, Ohio, EUA. É professor de economia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), em Cambridge, EUA.
Guido W. Imbens nasceu em 1963 em Eindhoven, Holanda, e é professor de economia da Universidade de Stanford, nos EUA.
Nobel 2021
Na última segunda-feira, o Nobel de Medicina premiou o cientista americano David Julius e o americano de origem libanesa e armênia Ardem Patapoutian "por suas descobertas de receptores para temperatura e tato". Na terça-feira, venceram o Nobel de Física os cientistas Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Parisi por suas "contribuições inovadoras para a nossa compreensão de sistemas físicos complexos".
Na quarta-feira, o Prêmio Nobel de Química foi concedido a Benjamin List e David W.C. MacMillan pelo desenvolvimento de uma nova ferramenta precisa para a construção molecular. Na quinta-feira, o escritor natural da Tanzânia Abdulrazak Gurnah ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, anunciado pela Academia Sueca.
Na sexta-feira, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, por sua luta pela liberdade de expressão em seus respectivos países.
História do prêmio
Os prêmios Nobel nasceram da vontade do sábio e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896), inventor da dinamite, de legar grande parte de sua fortuna aos que trabalham por "um mundo melhor". Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz que, antes de morrer, no limiar do século 20, transformou a nitroglicerina em ouro.
Em seu testamento, assinado em Paris em 1895, um ano antes de sua morte em San Remo (Itália), ele designou os diferentes comitês que atribuem os prêmios a cada ano: a Academia Sueca para o de Literatura, o Karolinska Institutet para o de Medicina, a Real Academia Sueca de Ciências para o de Física e o de Química, e um comitê cinco membros especialmente eleitos pelo Parlamento norueguês para o da Paz.
Confira abaixo os dez últimos vencedores do Nobel de Economia
Oficialmente denominado "Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel", o prêmio é o único que não constava no testamento do inventor sueco da dinamite.
Foi criado pelo Banco Central da Suécia em 1968 e entregue pela primeira vez em 1969.
- 2021: David Card (Canadá), Joshua Angrist (Estados Unidos) e Guido Imbens (EUA-Holanda), por "contribuírem com novas ideias sobre o mercado de trabalho e mostrarem quais conclusões podem ser tiradas de experiências naturais em termos de causas e consequências".
- 2020: Paul Milgrom e Robert Wilson (Estados Unidos), por terem "melhorado a teoria de leilões e terem inventado novos formatos de leilões" em "benefício de vendedores, compradores e contribuintes do mundo inteiro".
- 2019: Esther Duflo (França/Estados Unidos), Abhijit Banerjee (Estados Unidos) e Michael Kremer (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a redução da pobreza no mundo.
- 2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por seus modelos sobre o impacto da atividade econômica no clima.
- 2017: Richard H. Thaler (Estados Unidos), por seus estudos sobre os mecanismos psicológicos e sociais que influenciam as decisões de consumidores e investidores.
- 2016: Oliver Hart (Reino Unido/EUA) e Bengt Holmström (Finlândia), teóricos do contrato.
- 2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos), "por sua análise de consumo, pobreza e bem-estar".
- 2014: Jean Tirole (França), por seu trabalho sobre "o poder do mercado e a regulação".
- 2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus estudos sobre os mercados financeiros.
- 2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de conciliar oferta e demanda no mercado, com exemplos sobre as doações de órgãos e a educação.
- 2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por suas análises que permitiram compreender como fatos imprevistos e políticas públicas influenciam os indicadores macroeconômicos.
* Com AFP
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