Polícia Federal deflagra operação que investiga crimes contra a Petrobras
A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Laissez Faire, Laissez Passer para investigar supostas práticas criminosas cometidas na antiga Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Cerca de 10 agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão em Niterói, no Rio de Janeiro. Os pedidos foram expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba.
Segundo apurou o UOL, não houve mandados de busca e apreensão na Petrobras. A operação de hoje investiga o suposto pagamento de vantagem indevida ao então diretor de abastecimento da estatal, assim como o suposto pagamento ilícito ao responsável pela sua indicação na estatal. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
As informações foram obtidas pela Polícia Federal após um acordo de colaboração premiada feita pelo dirigente de uma empreiteira nacional com a Justiça.
Segundo a Polícia Federal, os pagamentos ilícitos foram feitos por um empresário investigado. Para ocultar e dissimular a origem dos recursos, o empresário fechou contratos de prestação de serviços fictícios com a empreiteira, além de emitir notas fiscais falsas, diz a PF.
O dinheiro seria destinado ao custeio de despesas pessoais do diretor da Petrobras, inclusive em benfeitorias realizadas em seu apartamento. A Polícia Federal diz que o político que o indicou ao cargo também recebeu pagamentos ilícitos "a fim de auxiliar na resolução comercial de pendências contratuais que a empreiteira tinha junto à estatal".
Neste último caso, o pagamento acontecia mediante entrega de recursos em espécie à chefe de gabinete do parlamentar.
A polícia afirma ter provas de que parte dos recursos recebidos pelo ex-diretor da Petrobras era destinado a outra investigada, que ocupava o cargo de secretária do Diretor de Abastecimento. Segundo a investigação, a funcionária, aproveitando-se de sua posição, solicitava vantagens indevidas para quitar mensalidades de um curso de ensino superior do filho.
O UOL procurou a Petrobras para comentar a investigação da Polícia Federal, mas a estatal ainda não se manifestou.
A operação deflagrada hoje, diz a Polícia Federal, tenta "elucidar" a possível prática dos crimes narrados pelo colaborador da Justiça e também aprofundar o rastreamento de recursos e bens de origem criminosa.
O nome da operação —Laissez Faire, Laissez Passer —se refere a aparente banalidade e perspectiva de impunidade dos supostos crimes contra a Petrobras. A Polícia Federal diz que segue investigando para identificar e responsabilizar os suspeitos que cometeram irregularidades na estatal.
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