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Deputado: Com aumento no diesel, fica difícil caminhoneiros não paralisarem

Do UOL, em São Paulo

25/10/2021 13h56Atualizada em 25/10/2021 14h45

Para o deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), o mais novo aumento no preço do diesel vendido para as distribuidoras dificulta ainda mais as negociações do governo com os caminhoneiros para que não ocorra uma paralisação da categoria na próxima segunda (1º).

"Hoje, em virtude desse aumento do diesel, realmente fica bem difícil. O resultado financeiro hoje para o transportador autônomo nas estradas brasileiras é deplorável", disse Nereu, que integra a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, ao UOL News.

Hoje, a Petrobras anunciou mais um aumento no preço do diesel vendido nas refinarias — e também na gasolina —, que passará, a partir de amanhã, de R$ 3,06 para R$ 3,34 (alta de R$ 0,28, ou 9,15%), medida que deve ser refletida no valor registrado nas bombas dos postos.

Crispim, que, no Congresso, integra a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, disse ao programa do Canal UOL que, entre os caminhoneiros autônomos, a proposta de um "auxílio diesel" de R$ 400 por parte do governo foi interpretada negativamente.

"Dentro dos grupos de WhatsApp, isso pareceu como se mais uma parte da população brasileira fosse viver de assistencialismo político", disse Nereu Crispim.

Crispim, ainda assim, é contra uma paralisação dos caminhoneiros — "sabemos quais são os problemas advindos disso". Entretanto, para ele, a categoria deve ter o direito de reclamar "suas inconformidades com essa política que está acabando com o resultado financeiro" dos motoristas.

Na avaliação de Crispim, a atual política de preços da Petrobras, que leva em conta as variações do petróleo e do dólar no mercado internacional, são os verdadeiros motivos para a alta no preço do diesel, e não o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

"Isso é um sistema que traz inflação, pobreza e desigualdade", afirmou ele. "R$ 400 não resolve o problema, assim como não resolve o problema aquele PL (Projeto de Lei) referente ao ICMS", prosseguiu.