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Bolsa sobe 1% e dólar cai, antes de BC definir nova taxa de juro Selic

Ontem o dólar comercial teve valorização de 0,32%, fechando a R$ 5,573 na venda - Getty Images/iStockphoto
Ontem o dólar comercial teve valorização de 0,32%, fechando a R$ 5,573 na venda Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

27/10/2021 09h30Atualizada em 27/10/2021 15h49

A Bolsa subia perto de 1%, e o dólar comercial operava quase estável, nesta quarta-feira (27). Por volta das 15h40, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira subia 1,01%, a 107.495,70 pontos, e a moeda norte-americana registrava queda de 0,33%, cotada a R$ 5,555 na venda.

O dia é de forte expectativa pela decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros, a Selic, a ser anunciada após o fechamento dos mercados, à medida que a percepção de deterioração inflacionária e fiscal no Brasil aumenta a pressão por juros mais altos.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC anuncia sua decisão a partir de 18h30 (de Brasília) desta quarta-feira. Recentemente, várias instituições financeiras importantes revisaram para cima suas estimativas para o aumento dos juros, prevendo alta de 1,5 ponto percentual da taxa Selic. Atualmente, a taxa está em 6,25% ao ano.

Ontem (26) o dólar comercial teve valorização de 0,32%, fechando a R$ 5,573 na venda e o Ibovespa a 106.419,531 pontos, com desvalorização de 2,11%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Recentes escaladas nas expectativas para os juros básicos têm sido citadas por investidores como possível fator de suporte para a moeda brasileira, uma vez que o maior retorno oferecido no mercado de renda fixa doméstico poderia elevar o ingresso de recursos estrangeiros no país. Ainda assim, muitos ressaltam que as apostas para a taxa Selic refletem grandes riscos inflacionários e fiscais.

"É fundamental que o Banco Central mostre aos investidores que o regime de metas para a inflação continua efetivo. Neste contexto, o ideal seria um choque de juros suficientemente forte para compensar os choques que estão ocorrendo nos preços dos ativos", disseram estrategistas da Genial Investimentos em nota, apontando essa necessidade como consequência da deterioração da credibilidade fiscal do Brasil após planos do governo de desrespeitar o teto de gastos.

"Afinal, se o governo está disposto a aprovar uma PEC que desloca o teto para cima com o objetivo de financiar um aumento de gastos, porque não irá fazer isto novamente no futuro? Em outras palavras, para que serve o teto?".

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na terça-feira que a PEC dos Precatórios — medida prioritária para o governo, já que foi alterada para abrir espaço fiscal no teto de gastos de mais de R$ 80 bilhões — "provavelmente" estará pronta para votação nesta quarta-feira.

Os investidores digeriam ainda dados desta manhã sobre a inflação ao produtor e a taxa de desemprego do país.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters