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Dólar opera em alta, a R$ 5,606, após decisão do BC sobre juro; Bolsa cai

Ontem o dólar caiu 0,33%, fechando a R$ 5,555 na venda - Reprodução
Ontem o dólar caiu 0,33%, fechando a R$ 5,555 na venda Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/10/2021 09h24Atualizada em 28/10/2021 15h53

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa em queda na tarde hoje (28). Por volta das 15h40 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,92%, negociada a R$ 5,606, mesma direção da inclinação da curva de juros, depois de o Banco Central confirmar aceleração no ritmo de elevação da Selic, taxa básica de juros da economia.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrava queda de 0,16%, atingindo 106.228,91 pontos.

A Bolsa tende a responder negativamente à perspectiva de juros mais altos no horizonte, entre outras razões, pelo efeito no custo de capital das empresas e potencial migração de recursos da renda variável para a renda fixa.

Ontem (27) o dólar caiu 0,33%, fechando a R$ 5,555 na venda e a Bolsa com valorização de 0,59%, a 107.047,898 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Alta da Selic

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, subir a Selic em 1,5 ponto percentual, de 6,25% ao ano para 7,75% — o maior patamar desde setembro de 2017, quando estava em 8,5% ao ano.

Na decisão, o Copom cita indicadores da economia brasileira que mostram evolução "abaixo da esperada" e a inflação para o consumidor.

Analistas do Barclays já previam "decepção" para investidores no mercado de câmbio relacionada à decisão do Copom.

"Acreditamos que parte do recente retrocesso do dólar ante o real foi impulsionada pelas expectativas de um aumento maior dos juros (ou seja, aumento do 'carry'). É provável que o real seja negociado um pouco mais fraco na abertura do mercado, seguindo a queda inicial dos juros (curtos)", acrescentou o banco em relatório.

Na esteira dos últimos acontecimentos, o Credit Suisse piorou sua estimativa para a taxa de câmbio. "Continuamos pessimistas em relação ao real e revisamos nossa meta para cima de R$ 5,65 para R$ 5,80", disse o banco em nota.

"Ralis do dólar para máximas do primeiro trimestre em torno de 5,88 reais provavelmente encontrarão resistência na forma de intervenção cambial agressiva do BCB", ponderaram profissionais da instituição.

PEC dos Precatórios

O imbróglio em torno da PEC dos precatórios — com a qual o governo e a equipe econômica contam para financiar mais gastos sociais — pressionava os ativos. A votação na Câmara dos Deputados, que deveria ter sido iniciada ainda ontem, foi adiada pela terceira vez, intensificando as incertezas fiscais.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters