Comissão do Senado quer ouvir Guedes e Silva e Luna sobre combustíveis
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou hoje um requerimento para convidar o presidente da Petrobras, Joaquim Silva a Luna, e o ministro da Economia, Paulo Guedes a uma sessão para explicar as recentes altas nos preços dos combustíveis.
O ministro de Minas e Energia do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Bento Albuquerque, também foi convidado pela comissão para explicar as variações nos preços dos combustíveis automotivos.
A intenção inicial era convocar Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, mas o pedido foi transformado em convite por sugestão do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Posteriormente, Paulo Guedes acabou sendo incluído no rol de convidados.
Quando alguém é convocado por uma comissão — como estava previsto anteriormente —, deve comparecer obrigatoriamente. No caso de ser convidado, não. A CAE ainda não agendou as audiências com Silva e Luna, Guedes e Bento Albuquerque.
O requerimento é de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), que preside a comissão de 27 senadores. Na justificativa da convocação, o político destacou que "é primordial a avaliação da política de preços dos combustíveis" no Brasil.
O convite a Silva e Luna, Guedes e Bento Albuquerque vem após, ontem, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) calcular que o preço médio da gasolina e do diesel nas bombas dos postos está em R$ 6,71 e R$ 5,21, respectivamente.
A média calculada pela ANP foi feita com base em valores cobrados em bombas entre 31 de outubro e o último sábado (6), representando alta de 1% — no preço da gasolina — e de 2,3% — do diesel — quando se compara com a registrada na semana anterior (entre 24 e 30 de outubro).
Em 25 de outubro, a Petrobras subiu o preço da gasolina e do diesel vendido nas refinarias, respectivamente, em 7% e 9,1%. A alta, por ora, ainda não foi totalmente repassada ao consumidor.
Ao reajustar os preços para as distribuidoras, a Petrobras disse que estava buscando um "alinhamento" com o mercado internacional — ou seja: com a cotação do dólar e com o preço do barril de petróleo.
O "alinhamento" com o mercado internacional faz parte da atual política de preços da estatal, mais sensível às variações do mercado e que, desde outubro de 2016, aumentou o preço dos combustíveis em mais de 30% e deu sequências de lucros para acionistas da Petrobras.
* Com informações de Ricardo Brito, da Reuters, em Brasília
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.