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Dólar opera em alta, vendido a R$ 5,524, e Bolsa cai mais de 1%; siga

Do UOL, em São Paulo

17/11/2021 09h36Atualizada em 17/11/2021 15h48

O dólar comercial operava em alta e a Bolsa em queda na tarde de hoje. Por volta das 15h40 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,45%, vendida a R$ 5,524.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, tinha queda de 1,71%, a 102.614,67 pontos.

Ontem (16) o dólar comercial fechou com valorização de 0,78%, vendido a R$ 5,50, e a Bolsa teve baixa de 1,71%, fechando a 104.513,74 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Cenário desafiador e PEC dos Precatórios

O cenário para o mercado de câmbio doméstico continua desafiador, disse à Reuters Alexandre Almeida, economista da CM Capital Markets.

De um lado, ele apontou dados fortes de vendas no varejo dos Estados Unidos divulgados na véspera, em meio à inflação elevada, que alimentaram expectativas de alta dos juros pelo Federal Reserve já em meados de 2022, o que tende a impulsionar o dólar globalmente.

Enquanto isso, no Brasil, investidores têm mostrado preocupação cada vez maior com a saúde das contas públicas em meio à tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso. Almeida explicou que, embora muitos participantes do mercado enxerguem a proposta como possível alívio para a incerteza fiscal doméstica, "o fato é que a questão fica mais sensível com (a inclusão dos) servidores na conta pelo presidente Jair Bolsonaro".

Bolsonaro havia dito ontem que a aprovação da PEC dos Precatórios abriria espaço para se conceder reajuste aos servidores públicos federais, justificando eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à inflação.

A PEC modifica a regra de pagamento dos precatórios e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo IPCA, abrindo espaço para o pagamento de auxílio à população de pelo menos R$ 400 por família em 2022, ano eleitoral.

Além da previsão de mais gastos para o ano que vem, a aproximação de eleições provavelmente polarizadas, sinais crescentes de desaceleração econômica no Brasil e uma inflação pressionada somam-se aos empecilhos para a valorização dos ativos locais, explicou Almeida.

Ontem, dados do Banco Central indicaram que a atividade econômica brasileira registrou perdas em setembro pelo segundo mês seguido e fechou o terceiro trimestre com contração, sugerindo possibilidade de recessão técnica.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

(Com Reuters)