Presidente da Caixa faz executivo com deficiência dar pirueta em evento
A pedido do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o vice-presidente da área de fundos de investimentos da instituição, João Gustavo Haenel Neto, tentou dar uma pirueta no palco, durante evento de fim de ano realizado na semana passada.
"Vem cá, tira a máscara, João, você é o primeiro", disse Guimarães, acompanhado de uma ginasta. "O João quebrou os dois joelhos duas vezes. Vai, João, cuidado", falou o presidente da Caixa. Após a tentativa, Haenel Neto caiu, levantou-se e foi cumprimentado por Guimarães.
O nome de Haenel Neto aparece em edital da Superintendência Nacional Trajetória e Desenvolvimento sobre processo seletivo exclusivo para pessoas com deficiência na Caixa. Procurado pela reportagem do UOL, Haenel Neto não havia se manifestado sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem.
O executivo assumiu a vice-presidência na instituição na última semana de agosto, vindo da Caixa Cartões Holding, onde exercia a função de diretor financeiro.
Constrangimentos são aceno a Bolsonaro
Guimarães tem sido alvo de críticas desde que, na última semana, colocou funcionários para fazer flexões durante o evento em São Paulo. A prática foi em alusão ao que o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia feito durante inauguração da escola de educação da Polícia Militar em São Paulo, em 2019.
Num vídeo do evento da Caixa, divulgado nas redes sociais, cerca de 30 pessoas participam do exercício. Procurada pelo UOL, a Caixa também não havia se posicionado sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem. O encontro, chamado Nação Caixa, contou a presença dos "350 principais executivos" da Caixa, segundo Guimarães.
Interlocutores do governo afirmam que Guimarães tem um projeto pessoal de ser vice na chapa em que Bolsonaro deve disputar a reeleição em 2022. Para isso, desenhou projetos da Caixa que, além de gerar receita para o banco, o aproximou de Bolsonaro.
Entre eles estão o aplicativo Caixa Tem, que permitiu o pagamento do auxílio emergencial e que atraiu ao banco milhares de novos clientes; crédito habitacional com juro menor para militares e policiais, importante base de apoio do presidente.
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