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Dólar tem alta de 0,19%, vendido a R$ 5,54; Bolsa sobe 0,79%

UOL

Em São Paulo

14/01/2022 09h23Atualizada em 14/01/2022 14h10

O dólar comercial e a Bolsa operavam em alta na tarde de hoje. Por volta das 14h10 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,19%, vendida a R$ 5,54.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em alta de 0,79%, atingindo 106.362,66 pontos, apesar do desempenho sem direção comum dos mercados em Wall Street, que reagem ao início da temporada de resultados trimestrais e à continuação da liquidação das ações de tecnologia.

Ontem (13) o dólar comercial fechou com desvalorização de 0,1%, vendido a R$ 5,53, e a Bolsa com queda de 0,15%, a 106.030,85 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Risco fiscal

No Brasil, a cautela em torno da saúde das contas públicas permanecia elevada, após representantes de auditores fiscais que se reuniram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na quinta-feira, deixarem o encontro frustrados com a não apresentação de uma solução sobre o pagamento do bônus de eficiência reivindicado pela categoria, falando em acirramento de seu movimento de protesto.

A pressão de várias categorias do funcionalismo por reajustes salariais tem preocupado agentes dos mercados nas últimas semanas, com a percepção de que mais despesas do governo neste ano poderiam minar ainda mais a credibilidade fiscal do Brasil. Em 2021, ela foi abalada pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do teto de gastos da União.

"Se o Brasil mostrar que não tem controle das contas públicas (o investidor estrangeiro) não vai querer alocar recursos nesse país" em meio à alta dos juros nos Estados Unidos, disse à Reuters Gilvan Bueno, gerente educacional da Órama Investimentos.

Ele chamou a atenção para o atual ciclo de aperto monetário do Banco Central do Brasil, que, embora aumente a atratividade do mercado doméstico de renda fixa, eleva a dificuldade de pagamento da dívida pública nacional, fator observado de perto por agentes internacionais para suas decisões de investimento.

A taxa Selic está atualmente em 9,25% ao ano.

E pode haver mais riscos no horizonte com a aproximação das eleições presidenciais de outubro deste ano, segundo o especialista. "Historicamente, o câmbio, a inflação e a bolsa oscilam muito em anos eleitorais. Se o candidato que crescer nas pesquisas tiver um perfil mais gastador, a tendência é de piora dos ativos locais."

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters