Gastos de brasileiros no exterior atingem menor nível em 16 anos
O gasto de brasileiros com viagens ao exterior segue em queda e atingiu o menor valor em 16 anos, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central.
Em 2021, as despesas com viagens para outros países somaram US$ 5,25 bilhões. O valor é 2,66% menor que o registrado em 2020, quando foram gastos US$ 5,394 bilhões. Ele está muito longe das despesas registradas antes na pandemia quando totalizaram US$ 17,593 bilhões, em 2019. O registro representa o menor volume desde 2005, quando foram gastos US$ 4,720 bilhões.
O resultado foi novamente impactado pela pandemia da covid-19, que forçou o fechamento de fronteiras e a proibição à entrada de viajantes em diversos países. Em 2021, mesmo com o aumento dos gastos nos últimos meses do ano, o valor não foi o suficiente para compensar as perdas que já tinham sido registradas.
Em dezembro, por exemplo, os brasileiros gastaram US$ 371 milhões em viagens internacionais, ante US$ 295 milhões do ano anterior —um aumento de 25,7%. Apesar da recuperação, o valor ainda é distante do registrado no mês em 2019, antes da pandemia, de US$ 1,497 bilhão.
Os números do BC mostram que, desde abril, as despesas em outros países com viagens pessoais, que incluem turismo, viagens de saúde e de educação, têm superado o verificado um ano antes, na fase inicial da pandemia.
Gastos de brasileiros com viagens pessoais ao exterior:
- Março 2020: US$ 447 milhões; Março de 2021: US$ 231,2 milhões
- Abril 2020: US$ 150 milhões; Abril de 2021: US$ 222,5 milhões
- Maio 2020: US$ 149,6 milhões; Maio de 2021: US$ 246,1 milhões
- Junho 2020: US$ 177,7 milhões; Junho de 2021: US$ 330,4 milhões
- Julho 2020: US$ 198,4 milhões; Julho de 2021: US$ 333,2 milhões
- Agosto 2020: US$ 200,3 milhões; Agosto de 2021: US$ 329,6 milhões
- Setembro 2020: US$ 224 milhões; Setembro de 2021: US$ 348,7 milhões
- Outubro 2020: US$ 284 milhões ; Outubro de 2021: US$ 531 milhões
- Novembro 2020: US$ 329 milhões; Novembro de 2021: US$ 618 milhões
A alta do dólar também prejudica a retomada das viagens internacionais. Em 2021, a moeda subiu 7,46% e chegou a ser cotada a R$ 5,797 em março. A divisa só ficou abaixo dos R$ 5 em sete sessões no ano, entre os dias 22 e 30 de junho. Antes da pandemia, em 28 de fevereiro de 2020, a moeda americana era vendida aos turistas por R$ 4,637.
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