Dólar opera em queda, a R$ 5,431; Bolsa sobe, apesar de Fed; siga
O dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na tarde de hoje (27). Por volta das 15h50 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,19%, negociada a R$ 5,431, com o real contrariando tendência internacional de aversão a risco e apresentando o melhor desempenho global no dia em meio a expectativas de juros mais altos no Brasil.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em alta de 0,6%, atingindo 111.956,53 pontos, após postura dura do Federal Reserve na véspera ter impulsionado apostas de cinco elevações de juros em 2022.
Ontem (26) o dólar valorizou 0,11%, fechando a R$ 5,441 na venda, e a Bolsa fechou com alta de 0,98%, a 111.289,180 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Fed
Após a conclusão da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês, responsável pela definição da política monetária), o chair do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central provavelmente aumentará os custos dos empréstimos em março e reafirmou planos de encerrar suas compras de títulos no mesmo mês.
Juros mais altos nos EUA são, no geral, vistos como benéficos para o dólar e prejudiciais para moedas de países emergentes, mas algumas moedas além do real — como rand sul-africano, peso mexicano e peso chileno— também desafiavam essa tendência hoje.
Thomas Giuberti, economista e sócio da Golden Investimentos, disse à Reuters que a explicação para o descolamento do real em relação à onda de aversão a risco hoje é o atual ciclo de altas de juros pelo Banco Central do Brasil.
Com a taxa Selic —atualmente em 9,25% ao ano— a caminho de superar os dois dígitos, é "muito caro" ficar comprado em dólar, disse o especialista, uma vez que o carrego (retorno por diferencial de taxa de juros) oferecido pelo real é alto.
"Com o dólar perto de R$ 5,75 e nesse juro, tinha mesmo que ajustar", disse Giuberti, referindo-se às perdas acumuladas pela moeda norte-americana desde o início do ano, agora de mais de 3%.
Ele afirmou ainda que um retorno dos investidores estrangeiros à bolsa brasileira — com o Ibovespa acumulando alta de mais de 6% até agora no ano — é fator de apoio para o real.
Para 2022 como um todo, o economista disse que "pode ser um ano tranquilo" apesar das eleições presidenciais de outubro, uma vez que o "mercado antecipou muito estresse para o ano passado". Segundo ele, o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter acenado recentemente a partidos de centro já ajuda a afastar temores de investidores.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
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