Covid: 76% dos bares e restaurantes afastaram funcionários desde dezembro
![A infecção por covid-19 ou influenza obrigou 76% dos bares e restaurantes a afastar funcionários entre dezembro e janeiro, aponta pesquisa da Abrasel - Andre Porto/UOL](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/31/2020/10/02/internet-out-sao-paulo-sp-brasil-01-10-2020-especial-150-mil-mortes-corona-covid-19-virus-pandemia-ensaio-fotogrfico-especial-com-gancho-nos-150-mil-mortos-pela-covid-clientes-em-bar-na-1601667018657_v2_900x506.jpg)
A infecção por covid-19 ou influenza obrigou 76% dos bares e restaurantes a afastar funcionários entre dezembro e janeiro. As informações são de um levantamento da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) feito de 15 a 27 de janeiro.
Em média, quase um em cada quatro funcionários (24%) foi afastado do posto de trabalho por covid. "Os afastamentos preocupam, mas deve ser um fator sazonal, segundo os especialistas em saúde pública", diz o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o percentual de casos positivos a partir de testes RT-PCR alcançou a marca de 37% até o dia 24 de janeiro. No mês de dezembro, o número era de 3%.
Além de maior percentual de infectados, a Fiocruz ressalta que a alta de positividade também é influenciado pelo aumento de acesso aos testes.
Justamente em um período de alta procura de bares e restaurantes fomos pegos por estes afastamentos, que trouxeram muito transtorno. É uma força de trabalho que tem de ser coberta e isso pressiona mais os custos de um setor já muito endividado.
Presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci
Pela primeira vez desde o início da pandemia, em março de 2020, há mais bares e restaurantes que registraram lucro (34%) do que prejuízo (31%), de acordo com o levantamento de 15 a 27 de janeiro. Outros 34% tiveram "equilíbrio" fiscal.
O resultado de dezembro de 2021 também superou o ano anterior. Cerca de 66% dos estabelecimentos afirmaram ter faturado mais do que em 2020. Já na comparação entre novembro e dezembro de 2021, houve crescimento para 59% das empresas.
No acumulado do ano, no entanto, 45% dos empresários disseram ter fechado 2021 com prejuízo. Para o setor, o pior momento foi em março de 2021, quando 82% dos bares e restaurantes sinalizaram estar operando no vermelho.
Desde o início da pandemia, também cresceu o endividamento de empresas do setor. Os empréstimos por Pronampe foram tomados por 51% das empresas. Destas, 20% tem ao menos uma parcela em atraso.
Segundo a Abrasel, 22% das empresas com empréstimo dizem correr o risco de quebrar —a alta da Selic contribuiu para o custo do empréstimo.
"Nesta quarta-feira (2) teremos novo anúncio do Copom e a taxa Selic pode passar de dois dígitos. É urgente um olhar para o Pronampe, programa muito importante, mas que teve seu custo bastante aumentado com os frequentes reajustes nos juros. Isso arrebenta com a estratégia financeira das micro e pequenas empresas, que são a maioria do nosso setor", defende Solmucci.
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