Eletrobras pode ter privatização suspensa após erro bilionário, diz jornal
A privatização da Eletrobras, holding com várias empresas do setor elétrico brasileiro, pode ser suspensa após um erro nos estudos técnicos. A falha teria levado o valor da outorga a ficar menor do que deveria. A outorga é o que os compradores precisam pagar para levar a empresa estatal.
De acordo com o jornal Valor Econômico, o gabinete do ministro Vital do Rêgo, do TCU (Tribunal de Contas da União), identificou uma falha metodológica relacionada à potência das usinas hidrelétricas da Eletrobras, o que influenciou no valor final da outorga. O erro mudaria em bilhões de reais o montante a ser pago.
O valor correto só será conhecido quando Vital devolver o processo ao plenário do TCU, o que deve ocorrer entre o fim deste mês e o começo de março. Ele pediu vista do caso na última sessão do ano passado, quando o relator, ministro Aroldo Cedraz, apresentou seu voto com uma série de ressalvas, entre as quais o próprio valor da outorga, definido em R$ 23,2 bilhões.
Segundo a reportagem, o governo federal pretendia realizar neste ano a privatização da estatal, mas o calendário eleitoral e os entraves no TCU ameaçam o cumprimento do cronograma. Anunciado na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), o processo de capitalização da Eletrobras está em tramitação no tribunal desde 2018.
Guedes otimista
Na última sexta-feira (28), o ministro da Economia, Paulo Guedes, elencou as próximas estatais que devem ser privatizadas. "O Senado deve retomar a agenda e aprovar a privatização dos Correios", previu. "Os Correios e a Eletrobras estão na pista para a privatização", continuou.
Ele também acredita que, na volta dos trabalhos, os senadores devam reavaliar a criação de programas sociais, como o BIP e o BIQ, ainda este ano. A matéria já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. O Congresso voltou aos trabalhos hoje.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.