Lula: Vamos evitar privatização dos Correios, Eletrobras e Banco do Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante discurso na ocupação Vila Soma, em Sumaré (SP), nesta manhã, que vai tentar evitar as privatizações da Eletrobras, Correios e Banco do Brasil.
"Nós vamos brigar, vamos tentar evitar que os Correios sejam privatizados, vamos evitar que a Eletrobras seja privatizada, que o Banco do Brasil seja privatizado. Vamos recuperar a Petrobras para o povo brasileiro", disse o ex-presidente ao lado de outras lideranças petistas, como Fernando Haddad e Alexandre Padilha.
Durante o evento, Lula também afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), adversário direto nas eleições de outubro, não recebe outros governantes nem representantes de movimentos sociais, ouve apenas os filhos e "os milicianos que o cercam", e governa na base de fake news.
O nosso atual presidente vai terminar o mandato sem nunca atender um prefeito. Ele nunca atendeu prefeito, governadores, sindicalistas, nenhum movimento nesse país. Só atende os filhos dele e os milicianos que cercam ele. É só isso que ele faz. Ex-presidente Lula (PT)
"Ele fica causando terror, ele fica mentindo sete vezes por dia através de fake news. O povo é soberano e o Bolsonaro fica colocando medo nas pessoas", completou o ex-presidente.
"[Bolsonaro fala que] a campanha [do Lula] vai ser suja, vai ter mentira, agressividade. Queria dizer para esse cidadão que, por acaso, virou presidente da República: nós vamos fazer uma campanha limpa, não será agressiva, não terá fake news", disse Lula.
Ocupação construída com auxílio federal
A Vila Soma, na periferia de Sumaré, a cerca de 120 km de São Paulo, é uma ocupação construída com auxílio de verba federal disponibilizada pelo governo Dilma Rousseff (PT). A comunidade surgiu de uma ocupação, em 2012, da área de quase 1 milhão de metros quadrados, abandonada após a falência da antiga empresa Soma Equipamentos Industriais, nos anos 1990.
Lula visitou o local duas vezes em 2016. De acordo com a organização do ato, hoje há cerca de 10 mil moradores no local, que luta por infraestrutura básica, como asfalto, saneamento e luz elétrica para se tornar um bairro.
Também estavam presentes na visita de hoje Guilherme Boulos (PSOL), líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que ajudou na interlocução entre a comunidade e o governo Dilma; o deputado Carlos Zarattini (PT-SP); o ex-ministro Aloízio Mercadante (PT), um dos coordenadores da campanha; e o ex-deputado Jilmar Tatto (PT-SP), coordenador de comunicação do PT.
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