Medo de ladrão faz brasileiro comprar 'celular do Pix' para deixar em casa
Vinicius de Oliveira
Colaboração para o UOL, em São Paulo
13/05/2022 13h27
O relato do roubo do celular do agente de talentos Bruno de Paula, de 36 anos, tomou conta da internet após ele revelar que teve suas contas bancárias invadidas pelos ladrões e movimentaram mais de R$ 143 mil. Nas redes sociais, ele disse que chegou a avisar os bancos de que seu smartphone havia sido furtado, mas isso não foi o suficiente para impedir as movimentações financeiras.
O caso dele soma-se a muitos outros, como o da arquiteta Silvia Faria, de 55 anos, que viu mais de R$ 146 mil sumirem de sua conta, e também os golpes do Pix.
A aparente facilidade com que os ladrões têm encontrado para acessar os smartphones e as contas bancárias acabou impulsionando as pessoas a procurarem um segundo celular para deixar em casa, apelidado de "celular do Pix".
O que é o 'celular do Pix'?
Esse aparelho, que não acompanha o dono para a rua, seria o único com acesso a serviços bancários, cartões de crédito e outros apps críticos. A ideia é evitar que, em caso de furto, os bandidos acessem os seus aplicativos e te causem uma dor de cabeça maior ainda.
De acordo com Luciano Barbosa, chefe do projeto Xiaomi Brasil, a marca notou um aumento na procura por um segundo celular já no final de 2021.
"Percebemos esse movimento em setembro e outubro, nas nossas lojas, e começamos a catalogar em novembro. Em abril, deste ano, teve um ápice [nessas procuras]", disse.