Mulher é flagrada dando 'golpe da etiqueta' para pagar menos em roupa
Do UOL, em São Paulo
03/06/2022 14h38Atualizada em 03/06/2022 14h38
Uma mulher foi denunciada após tentar aplicar um golpe em uma loja de roupas infantis na região de Sudoeste (DF). A cliente aproveitou um momento de distração da vendedora, que dividia a atenção entre ela e um outro atendimento, para trocar as etiquetas de duas peças que estavam a mostra nas araras do comércio.
Segundo Boletim de Ocorrência enviado ao UOL, a suspeita pediu para ver vestidos de festa junina e foi direcionada pela funcionária até a área aonde estavam os modelos disponíveis, para que ela pudesse olhá-los com calma. Enquanto ficou sozinha, ela retirou a etiqueta de um vestido que custava R$ 189,90 e a colocou, com ajuda de um alfinete, em um vestido mais caro, à venda por R$ 329,90.
Após a troca, a mulher ainda permaneceu na loja por cerca de 10 minutos antes de ir ao caixa com o vestido mais caro, já com a etiqueta de R$ 189,90. Ao ver o preço, a vendedora corrigiu o erro e alertou a cliente sobre o verdadeiro valor da peça, mas a golpista tentou fazer valer o artigo 5° da lei 10.962 do Código de Defesa do Consumidor: segundo o texto, caso haja divergência de preços entre os sistemas utilizados por um comércio, o cliente deve pagar o menor valor entre eles.
Se valendo da regra, ela exigiu levar o vestido pelo preço que estava na etiqueta, alegando que o erro tinha sido da loja. Diante da cobrança, a vendedora acabou cedendo e vendeu o vestido por R$ 189,90, pagos em parcela única no cartão de crédito.
A história teve uma reviravolta apenas quando a funcionária reportou o acontecido para a proprietária da loja. Desconfiada, já que as etiquetas de suas roupas não são presas com alfinetes, a comerciante decidiu checar as imagens nas câmeras de segurança, flagrando a própria cliente fazendo a troca das etiquetas.
O caso aconteceu na manhã de ontem. Já no meio da tarde, a proprietária abriu um Boletim de Ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia Civil (Cruzeiro). A suspeita, que não teve nome e idade divulgados, será investigada por estelionato.