Procurador pede que TCU apure danos da Lava Jato a construtoras brasileiras
O subprocurador-Geral Lucas Furtado, do MP (Ministério Público) junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), encaminhou hoje uma representação hoje pedindo que o órgão investigue os danos causados a construtoras brasileiras pelo processo da Lava Jato. O documento foi encaminhado à ministra Ana Arraes, presidente do Tribunal.
A base para o pedido foi a declaração de um ex-conselheiro da Camargo Corrêa de que o método da Operação "destruiu empresas". Ao jornal O Estado de São Paulo, Carlos Pires Oliveira Dias disse também que o conhecimento e trabalho das construtoras brasileiras foram "por água abaixo" após os acordos com a Lava Jato e levará anos para que isso seja revertido.
A Camargo Corrêa, que passou a se chamar Mover, foi uma das empresas citadas no escândalo de corrupção da força-tarefa, que investigou esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Para o ex-conselheiro, as decisões foram "destruidoras" também para os acionistas e geraram danos em várias áreas dentro do setor de construção, visto por ele como "zerado" atualmente no país.
Para pedir a apuração, Furtado justificou o próprio papel do TCU e de "suas competências constitucionais", como controle externo de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da administração pública federal.
O procurador afirmou que as afirmações são "de extrema gravidade" porque apontam "condutas inadequadas de autoridades que conduziram a Operação Lava Jato" e também por terem "resultado em prejuízo de grande materialidade aos cofres da União". Segundo Furtado, após a apuração dos fatos é preciso quantificar os danos e apontar os causadores "para que sejam chamados a reparar os cofres da União".
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