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Luiza Trajano critica plano do PT e diz que reforma trabalhista cria vagas

A empresária Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, durante entrevista ao Roda Viva (TV Cultura) - Reprodução/TV Cultura
A empresária Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, durante entrevista ao Roda Viva (TV Cultura) Imagem: Reprodução/TV Cultura

Colaboração para o UOL

10/06/2022 10h06Atualizada em 10/06/2022 19h07

A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, criticou, em entrevista à revista Veja publicada hoje, proposta do PT de revogar a reforma trabalhista, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições deste ano.

"Essa reforma não dá para tirar. Ela ajuda a criar muitos empregos. Temos de enfrentar as taxas de desemprego com outras soluções", disse a empresária.

A coordenação da campanha de Lula encaminhou na segunda-feira (6) aos partidos aliados as diretrizes para a elaboração do plano de governo da chapa Lula-Alckmin.

Com 90 parágrafos, o documento define os governos petistas como inovadores no combate à corrupção, reforça o papel do Estado na economia, enaltece o Bolsa Família e propõe a revogação do teto de gastos e da reforma trabalhista implementada pelo ex-presidente Michel Temer, além da revisão do regime fiscal.

Trajano, que já foi especulada como vice na chapa do petista, diz que é necessária uma "reforma da burocracia" no Brasil.

"É preciso simplificar os processos, trazer a digitalização para dentro do estado. Veja o SUS, por exemplo. Várias áreas da instituição são digitais, mas uma não conversa com a outra. Não basta ser digital, é preciso que isso seja eficiente, que facilite a vida das pessoas. Precisamos também aprovar a reforma tributária e promover uma reforma política, mas essa eu acho que vai demorar para sair."

O ex-presidente Lula chegou a afirmar, em maio, que os formuladores da reforma trabalhista tinham "mentalidade escravocrata". A declaração foi feita em encontro com sindicalistas em São Paulo. O texto foi aprovado em 2016 no governo Michel Temer (MDB).