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Traders são presos suspeitos de pirâmide e golpe com prejuízo de R$ 12 mi

Grupo teria aplicado golpes em dois estados, com lucro milionário  - Divulgação/Polícia Federal
Grupo teria aplicado golpes em dois estados, com lucro milionário Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Do UOL, em São Paulo

15/06/2022 13h48Atualizada em 15/06/2022 13h48

Três pessoas foram presas ontem no Piauí suspeitas de liderar um esquema de pirâmide financeira que prejudicou pelo menos 300 vítimas no Piauí e no Distrito Federal.

Os investigados se apresentavam como "traders" - investidores do mercado financeiro que buscam ganhar dinheiro com operações de curto prazo -, captando dinheiro sob o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

Os clientes recebiam a promessa de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido, mas a empresa dos suspeitos, que era de fachada, não repassava o suposto lucro. O esquema teria arrecadado pelo menos R$ 12 milhões das vítimas.

Segundo nota da Polícia Federal, os "traders" emitiram e ofereceram aos clientes valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo, mas nunca tiveram autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cedida pelo governo e que atesta a capacidade para captar recursos e realizar investimentos no mercado.

Os valores investidos pelos clientes e entregues aos traders variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados, ainda de acordo com a PF.

A investigação teve início este ano, mas a Polícia Federal realizou apenas ontem a "Operação Alavancada", com o objetivo de desarticular o chamado "Esquema Ponzi", considerado uma pirâmide financeira. Além das prisões, a corporação executou também cinco mandados de busca e apreensão.

Os suspeitos podem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.