Bolsa opera em alta de 2,13% e volta aos 100 mil pontos; dólar cai 0,84%
Vindo de três altas seguidas, o dólar comercial revertia a tendência nas operações de hoje (27). Por volta das 12h40 (de Brasília), a moeda norte-americana era negociada por R$ 5,209 com queda de 0,84%.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), tinha alta de 2,13%, aos 100.770,85.
Sexta-feira (24) o dólar comercial subiu 0,44% e fechou vendido a R$ 5,253. Já o índice teve alta de 0,6%, aos 98.672,258 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Petrobras e receios fiscais no radar
Se seguir no azul até o fim das negociações desta segunda-feira, o dólar terá avançado pelo 13° de 15 pregões.
Receios fiscais locais ganharam força desde que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da chamada PEC dos Combustíveis, afirmou que o texto vai incluir na Constituição federal um aumento de 200 reais no valor do Auxílio Brasil, reajuste do auxílio-gás em torno de 70 reais e a criação de um "voucher caminhoneiro" de 1.000 reais.
Estas são propostas que sugerem aumento do gasto público no curto prazo e possível rompimento do teto de gastos, alertaram em relatório analistas da Genial Investimentos.
"Mais preocupante é a ofensiva de membros e apoiadores do governo no sentido de mudar reformas estruturais importantes que foram aprovadas nos últimos seis anos e que têm sido fundamentais para gerar equilíbrio fiscal", continuaram, dizendo enxergar ameaça à Lei das Estatais em meio ao que muitos veem como interferência política na Petrobras.
A petroleira está num processo de troca de comando depois que José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de CEO no início da semana passada em meio à pressão do Executivo por mudança na política de paridade de preços de combustíveis da empresa. Caio Paes de Andrade, indicado do governo, deve ser aprovado como novo presidente-executivo da estatal nesta semana, segundo fontes.
"Diante desta ofensiva, os preços dos ativos financeiros voltaram ao território negativo: desvalorização cambial, queda dos preços das ações e aumento das taxas de juros, revertendo uma trajetória positiva que persistia desde o início de 2022", afirmaram os especialistas da Genial.
*Com Reuters
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
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